Pedro Nuno Santos assume “inteira responsabilidade” por “falha relevante” mas continua no Governo

Apesar da polémica das últimas horas, o ministro das Infra-estruturas não sai do executivo e garante que “vai continuar” o seu trabalho.

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Pedro Nuno Santos em declarações proferidas na tarde desta quinta-feira

A “amizade” entre Pedro Nuno Santos e António Costa está para durar, pelo menos foi essa a garantia deixada na tarde desta quinta-feira pelo ministro das Infra-estruturas e da Habitação, que assim quis esvaziar a polémica suscitada a propósito do novo aeroporto para a região de Lisboa.

Já perto das 17h e pouco depois da conversa pessoal mantida com António Costa em São Bento, Pedro Nuno Santos começou por recordar o “trabalho” dos últimos anos e por sublinhar que este incidente não irá manchar a relação de “amizade” que tem com António Costa.

“Esta é uma falha relevante que assumo, mas que obviamente não mancha o que é o trabalho já longo em conjunto com o primeiro-ministro, ainda antes de sermos Governo”, declarou Pedro Nuno Santos aos jornalistas presentes no Ministério das Infra-estruturas e da Habitação.

Pedro Nuno lembrou depois o papel por si desempenhado na solução política de 2015, na negociação da “geringonça” com o PCP, com o Bloco e com o PEV, assinalando as várias colaborações que somou nestes últimos anos em conjunto com o primeiro-ministro.

O governante socialista assumiu “inteira responsabilidade” pela forma como esta quarta-feira o seu gabinete tornou pública a decisão de se avançar com a solução aeroportuária Montijo/Alcochete, decisão essa desautorizada na manhã desta quinta-feira pelo gabinete do primeiro-ministro. Esta crise é ainda justificada pelo ministro com “erros de comunicação” e “falhas de comunicação”. Esta sucessão de acontecimentos provocou uma crise no Governo e suscitou a possibilidade de Pedro Nuno Santos se demitir ou ser demitido.

No entanto, numa declaração sem direito a perguntas dos jornalistas, Pedro Nuno Santos deixou subentendido que continua no executivo, desde logo ao assegurar que “vai continuar” o seu trabalho. E já à saída da sala onde proferiu estas curtas declarações, o ministro atirou um “obviamente” quando os jornalistas lhe perguntaram se o significado das suas palavras era o de que continuará como ministro.

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