A cena gastronómica africana vai estar à mesa do Congresso dos Cozinheiros

“É uma oportunidade de conhecer melhor a rica herança cultural africana e a sua importante presença na cozinha portuguesa e internacional”, diz Paulo Amado, da organização do congresso. A 18ª edição acontece em Setembro, em Oeiras, e inclui o concurso do Melhor Pastel de Nata.

Foto
A chef Fatmata Binta, da Serra Leoa, é uma das presenças confirmadas no Congresso dos Cozinheiros dr

O próximo Congresso dos Cozinheiros em Portugal promete trazer a “cena gastronómica africana” para o palco com um conjunto de convidados, nacionais e internacionais, que provam que, apesar de alguma invisibilidade a esse nível, África está a dar cartas no mundo da gastronomia. O evento realiza-se nos dias 25 e 26 de Setembro, regressando aos Nirvana Studios, em Oeiras.

Aqui, estarão nomes como Fatmata Binta, uma “chef de cozinha nómada e embaixadora da cozinha da tribo Fulani”, da Serra Leoa, considerada em 2021 The Best Chef Rising Star pelos The Best Chef Awards, ou Najat Kaanache, uma cozinheira basca de San Sebastián, de origem marroquina e proprietária do restaurante Cús, na Cidade do México, além de outros restaurantes em Marrocos, na medina de Fez, incluindo o Nur, já considerado o Melhor Restaurante de África e Melhor Restaurante Marroquino nos World Luxury Restaurant Awards.

Entre os convidados estarão também a norte-americana Sheree Williams, fundadora da The Global Food and Drink Initiative e editora da revista Cuisine Noir, e Jeny Sulemange, moçambicana da região de Nampula e que está à frente do restaurante lisboeta Cantinho do Aziz, além de ser protagonista de uma série, da Amazon Prime, com as suas viagens pelo mundo e com foco nas gastronomias de raiz africana e portuguesa.

Outros nomes já anunciados são Martí Guixé e Carlos Coelho do Projecto Solar Kitchen, Teresa Castro, do serviço de eventos Sambo de Castro, o chef são-tomense João Carlos Silva da Roça São João dos Angolares, Helt Araújo do restaurante Flor do Duke em Luanda, Carla Sousa do Hotel Valverde, Mauro Álison, do Hotel Casa Palmela, e João Viegas do projecto Mesa Farta.

Foto
A norte-americana Sheree Williams, editora da revista Cuisine Noir, é outra das oradoras do Congresso dr

Paulo Amado, das Edições do Gosto, que organiza o evento, este ano já na sua 18ª edição, considera que esta “é uma oportunidade de conhecer melhor a rica herança cultural africana e a sua importante presença na cozinha portuguesa e internacional”. A aposta da organização tem sido a de trazer para o debate público temas importantes mas menos discutidos do mundo da restauração, como a saúde mental de quem trabalha na área, e, ao mesmo tempo, dar visibilidade às mulheres no mundo da cozinha e, no último ano, à conexão africana, dentro e fora de Portugal.

As conversas e apresentações vão acontecer no Palco INTER, mas o evento estende-se por vários espaços diferentes. Haverá o Palco Produto para as demonstrações de cozinha e de produtos, o Palco Nós As Pessoas, no qual as conversas terão como tema o bem-estar mental na restauração (que foi o tema principal do congresso há dois anos), o Palco Música, a área de exposições e a área da alimentação onde será possível provar alguns pratos preparados pelos chefs convidados.

A par do Congresso, os Nirvana Studios vão receber, como na edição passada, a final da prova O Melhor Pastel de Nata 2022 com os 12 pastéis de nata que chegaram à final. Em Oeiras haverá uma Rota de Restaurantes, entre 16 e 26 de Setembro, com cerca de 20 espaços a apresentar uma especialidade em destaque.

Já é possível comprar os bilhetes para o evento no site oficial e na Bolt.pt. Até 31 de Julho terão o preço de 45 euros para um dia e 80 euros para os dois dias. A partir daí, sobem para 60 e 100 euros respectivamente (os preços incluem todas as degustações que serão servidas).

Sugerir correcção
Comentar