Academia de cinema dos EUA atribui Óscar humanitário a Michael J. Fox

Além do actor norte-americano, também a compositora Diane Warren e a cineasta Euzhan Palcy e o realizador Peter Weir vão receber o prémio numa cerimónia a realizar-se em Novembro.

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Michael J. Fox Reuters/ANDREW KELLY

A academia de cinema norte-americana anunciou que decidiu atribuir o Óscar Humanitário Jean Hersholt ao actor Michael J. Fox, e os Óscares Honorários à compositora Diane Warren e aos realizadores Euzhan Palcy e Peter Weir.

As quatro estatuetas dos Óscares vão ser entregues na 13.ª edição dos Prémios Governadores, em 19 de Novembro de 2022, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

“O Conselho de Governadores da Academia tem a honra de reconhecer quatro personalidades que fizeram contribuições indeléveis ao cinema e ao mundo em geral”, disse o presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, David Rubin, citado em comunicado.

David Rubin recordou a “defesa incansável” de Michael J. Fox da investigação da doença de Parkinson, exemplificando “o impacto de uma pessoa em mudar o futuro de milhões”.

“Euzhan Palcy é uma cineasta pioneira cujo significado inovador no cinema internacional está cimentado na história do cinema. A música e as letras de Diane Warren ampliaram o impacto emocional de inúmeros filmes e inspiraram gerações de artistas musicais. Peter Weir é um realizador de habilidade e talento consumados, cujo trabalho nos lembra o poder do filme de revelar toda a gama da experiência humana”, acrescentou.

Michael J. Fox ganhou fama ao interpretar Alex P. Keaton na sitcom Quem Sai aos Seus, de 1982. Os seus filmes de sucesso abrangem os da saga Regresso ao Futuro e os O Segredo do Meu Sucesso, Corações de Aço, Doutor Sarilhos e Uma Noite com o Presidente.

O artista conta cinco Emmys, quatro Globos de Ouro, um Grammy, dois prémios do sindicato Screen Actors Guild (SAG), um prémio People's Choice e uma galardoação de Homem do Ano para a revista GQ.

Em 2000, o norte-americano criou a Michael J. Fox Foundation for Parkinson's Research (Fundação Michael J. Fox para a Investigação de Parkinson), que se dedica a procurar uma cura para a doença de Parkinson.

Euzhan Palcy é uma escritora, realizadora e produtora oriunda da Martinica. A sua primeira longa-metragem, Sugar Cane Alley, ganhou o Leão de Prata no Festival de Veneza de 1983, sendo uma estreia para um cineasta negro.

Também realizou A Dry White Season (1989), um drama feito durante o apartheid, tornando-se a primeira mulher negra a dirigir um filme para um grande estúdio de Hollywood e guiando Marlon Brando para a sua última nomeação nos Óscares.

Diane Warren é considerada uma das compositoras contemporâneas mais prolíficas e escreveu canções originais para mais de 100 películas. Foi nomeada 13 vezes para o Óscar de Melhor Canção Original, por músicas como Nothing"s Gonna Stop Us Now, Because You Loved Me, How Do I Live ou I Don"t Want To Miss A Thing.

Figura de destaque no movimento cinematográfico australiano new wave na década de 1970, segundo a Academia, Peter Weir é conhecido pelas nomeações para o Óscar de Melhor Realização por A Testemunha, O Clube dos Poetas Mortos, Master and Commander: O Lado Longínquo do Mundo e The Truman Show - A Vida em Direto.

O Óscar Honorário é concedido “para homenagear a distinção extraordinária em feitos ao longo da vida, contribuições excepcionais para o estado das artes e ciências cinematográficas, ou por serviços extraordinários à Academia”.

O Óscar Humanitário Jean Hersholt e atribuído “a uma personalidade nas artes e ciências cinematográficas cujos esforços humanitários trouxeram crédito à indústria”.

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