Quem tem medo do lobo mau? Fafião veste-lhe a pele num festival de três dias

Entre 1 e 3 de Julho, o Festival Aldeia dos Lobos celebra a ligação ancestral entre o homem e o lobo neste recanto do Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Foto
Estátua do Lobo de Fafião com barragem de Salamonde em fundo José Sérgio

Em Fafião é impossível não falar do lobo. Desde logo porque uma das suas grandes atracções é precisamente o fojo do lobo, a armadilha ancestral onde este era encurralado, que nos conta da batalha constante entre as populações e o lobo-ibérico que ainda hoje habita o PNPG: além da estrutura que se mantém como uma das mais bem preservadas da Península Ibérica, dá nome a um dos restaurantes locais e a um café-bar - e numa das entradas da aldeia está uma estátua deste, em ferro forjado. Mas aquele que foi durante séculos um inimigo é visto hoje com outros olhos - e, nos últimos anos, Fafião transmuta-se. Durante três dias, veste-lhe a pele e torna-se em Aldeia de Lobos, um festival que visa chamar a atenção para a necessidade de preservação da espécie ameaçada. “O que nem sempre é fácil, numa aldeia aqui no PNPG”, reconhece Eugénio Fernandes, da organização do festival, que é uma das muitas actividades promovidas anualmente pela Associação Vezeira (criada em 2010 para dinamizar a aldeia e preservar o seu património imaterial).

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