Fundação Berardo vai mesmo ser extinta, confirma Vieira da Silva

O processo de extinção da Fundação Joe Berardo arrasta-se há mais de quatro meses, mas será para avançar, confirmou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva. Apesar dos avisos dados pelo parecer do Conselho Consultivo das Fundações, ministra quer levar o processo “até às últimas consequências”.

O Governo já decidiu e vai mesmo avançar com a extinção da Fundação Joe Berardo. Ao PÚBLICO e à Renascença, Mariana Vieira da Silva reconheceu que o processo “é complexo” e apesar dos avisos dados pelo Conselho Consultivo das Fundações no parecer que o PÚBLICO divulgou há uma semana, o executivo socialista está determinado em dar o exemplo com o caso Berardo e ir “até às últimas consequências” após terem sido detectadas irregularidades pela Inspecção-Geral de Finanças.

"O Governo recebeu um relatório da Inspecção-Geral de Finanças com uma determinada indicação e cabe-lhe ouvir as partes. As partes, no caso, o parecer do Conselho Consultivo, servem também para definir em que termos é que a extinção pode ser levada a cabo, garantindo todas as precauções que nesse parecer são indicadas e o propósito do Governo é prosseguir aquilo que tinha sido indicado”, explica Mariana Vieira da Silva. E isso significa “avançar com a extinção”, confirma. Apesar de admitir que o processo é complexo e lento, a governante acredita que existem condições para, com “todas as cautelas”, o Estado fazer “o que lhe cabe” e retirar consequências do “conjunto de irregularidades” identificadas pela Inspecção-Geral de Finanças.

Quanto ao risco de o empresário Joe Berardo pedir uma indemnização, a governante apela a que não se perca o foco da questão. “O que é fundamental é que, perante um relatório da Inspecção-Geral de Finanças que indica um conjunto de situações que não são regulares, corrigir essas situações até às últimas consequências”. “Não podemos dizer que não há suficiente acompanhamento, protecção e controlo e depois alertarmos para os riscos de tirarmos as devidas consequências desse processo”, conclui.

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