Batalhão Azov anuncia a sua rendição em Mariupol

Ordem de Kiev aos últimos soldados que resistiam na fábrica Azovstal para “deixarem de defender a cidade”. A batalha mais sangrenta na guerra da Ucrânia terminou. Moscovo diz que 1908 soldados do batalhão de Azov já se entregaram.

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Um dos ucranianos que ainda resistia no complexo siderúrgico numa imagem divulgada esta sexta-feira DMYTRO OREST KOZATSKYI/AZOV REGI/Reuters
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Um dos feridos no hospital de campanha criado num dos túneis da Azovstal DMYTRO OREST KOZATSKYI/AZOV REGI/Reuters
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Os últimos soldados ucranianos entrincheirados na fábrica siderúrgica Azovstal, em Mariupol, no sudeste da Ucrânia, receberam ordens de Kiev para “deixarem de defender a cidade”, anunciou esta sexta-feira um dos comandantes do regimento Azov.

"O alto comando militar deu a ordem para salvar a vida dos soldados da nossa guarnição, parando de defender a cidade”, disse Denys Prokopenko, comandante do regimento Azov, uma das unidades ucranianas presentes na siderúrgica, citado pela Europa Press. Numa declaração transmitida em vídeo, Prokopenko sublinhou que esta seria uma decisão necessária para proteger a vida dos combatentes que ainda se encontram na área.

O complexo metalúrgico, com o seu labirinto de galerias subterrâneas construídas no tempo da União Soviética, foi a última bolsa de resistência ucraniana nesta cidade portuária no Mar de Azov, fortemente bombardeada pelos russos.

Após a recente retirada de civis, incluindo mulheres e crianças de Azovstal, o ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, revelou, esta sexta-feira, que as suas tropas “resgataram 177 civis” e “capturaram 1908 nacionalistas que depuseram as armas”, segundo a agência de notícias russa TASS. Estes soldados ucranianos estavam entrincheirados há semanas no complexo siderúrgico, tendo começado a entregar-se às forças russas na segunda-feira, informaram as autoridades de Moscovo.

Contudo, nem todos os combatentes pertenciam ao regimento de Azov e à unidade que os russos consideram como neonazi. Em Azovstal, entre os que recusaram ordens de rendição e combateram mais de 80 dias as tropas russas, estiveram fuzileiros, soldados da guarda nacional e voluntários, além de mais de mil civis.

“Conseguimos salvar os civis, os feridos graves receberam a ajuda necessária e conseguimos retirá-los para uma troca posterior”, explicou Prokopenko, acrescentando que espera que em breve seja também possível enterrar dignamente os soldados mortos em combate.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) solicitou esta sexta-feira, um “acesso imediato” a estes prisioneiros, dos quais pretende recolher o máximo de dados e prestar a ajuda humanitária que lhe for possível. As autoridades ucranianas, por sua vez, mantêm o interesse em realizar uma futura troca de prisioneiros com os soldados capturados, após deixarem Azovstal.

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