Ministério da Educação não confirma ataque de hacker à plataforma dos exames nacionais

Gabinete do ministro João Costa admite ter sido alertado para a eventualidade de um ataque cibernético.

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Ataque não foi confirmado Kacper Pempel

O Ministério da Educação admite ter sido alertado para a eventualidade de um cibertaque a uma das plataformas do Júri Nacional de Exames, mas não confirma que o ataque se tenha realizado. A informação foi dada nesta quinta-feira ao jornal PÚBLICO pelo gabinete do ministro João Costa, após notícia exclusiva da CNN Portugal de uma denúncia feita por um hacker conhecido por “Zambrius”, que teria acedido indevidamente à referida página dos exames nacionais.

“O Ministério da Educação não confirma nenhum ciberataque. O Júri Nacional de Exames foi informado pela Polícia Judiciária de um eventual acesso a uma área de informação, na qual consta apenas informação que é do domínio público”, lê-se na resposta enviada ao PÚBLICO pelo Ministério da Educação.

De acordo com a notícia original, entre os serviços sensíveis do Estado que estarão a ser violados por hackers encontrava-se também a Educação, além das Forças Armadas, da Saúde, do transporte de doentes e serviços financeiros. No caso da plataforma dos exames, a CNN avançou que o hacker teria conseguido aceder apenas a uma área pública da plataforma restrita a professores, da qual consta informação sobre normas e procedimentos relacionados com o decorrer do ano lectivo.

Ainda segundo a CNN Portugal, o jovem pirata informático Tomás Pedroso (Zambrius), que em Janeiro foi condenado a uma pena de prisão de seis anos num caso relacionado com desvio de dados e dano informático à Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol, à SAD do Benfica e à Meo,​ terá publicado nas redes sociais registos de vários acessos a páginas de infra-estruturas consideradas vulneráveis, alegando ter tido acesso a mais de “cem sistemas do Ministério da Educação” de diferentes departamentos.

“Muitas são vulnerabilidades de alto risco, que me podem dar controlo remoto sobre os sistemas ou o acesso directo a bases de dados das plataformas ou aplicações”, explicou o hacker à CNN Portugal, por mensagens escritas. O ministério não confirma qualquer intrusão.

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