Guerra na Ucrânia hoje: o que precisa de saber

Moscovo anunciou um cessar-fogo de três dias na Azovstal com início esta quinta-feira, mas o presidente da câmara de Mariupol divulgou que os ataques se mantêm. Até ao momento, 344 civis foram retirados de Mariupol e cinco morreram em bombardeamentos na região de Lugansk.

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Guerra na Ucrânia: as forças ucranianas recuperaram o controlo de diversas áreas perto de Kherson e Mykolayiv Reuters/ZOHRA BENSEMRA

​​​Mais 334 pessoas foram retiradas de Mariupol, no mesmo dia em que Moscovo anunciou o início do cessar-fogo de três dias na fábrica de siderurgia de Azovstal. O corredor humanitário será aberto das 8h às 18h, horário de Moscovo, nos dias 5, 6 e 7 de Maio. O presidente da Câmara afirmou que “ataques violentos” estavam em progresso no local, mas Moscovo afirma que os corredores estão a funcionar.​

​▶ Uma caravana humanitária da ONU está a caminho do complexo de Azovstal para proceder à retirada de civis. Os habitantes de Mariupol devem reunir-se na sexta-feira às 12h locais perto de um centro comercial, anunciou a vice primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereshchuk.​

​▶ Vladimir Putin, pediu desculpa ao primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, pelos comentários do ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, que sugeriu que Adolf Hitler teria ascendência judaica. Bennett aceitou o pedido de desculpas e agradeceu a Putin por clarificar a sua posição quanto à declaração.​

​​​​▶ A Ucrânia recuperou o controlo de diversas áreas perto de Mikolaiv e Kherson. Em Lugansk, pelo menos cinco pessoas morreram na sequência de um bombardeamento russo. Os ataques concentraram-se em Sievierodonetsk e Popasna, Hirske e Lisichansk.​

​▶ A Rússia afirma ter matado mais de 600 combatentes ucranianos durante a noite desta quinta-feira e destruído 61 unidades de armas e equipamentos militares. O ministério da Defesa do país acrescentou que os mísseis destruíram equipamentos de aviação no aeródromo de Kanatovo, na região central de Kirovohrad, e um grande depósito de munição na cidade de Mikolaiv, no Sul.

​▶ Moscovo realizou um exercício militar onde simulou o disparo de mísseis com capacidade nuclear em Kaliningrado, cidade entre a Polónia e a Lituânia. O exército realizou ataques contra alvos que simulavam zonas de lançamento de mísseis e infra-estruturas.​

​▶ O Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, defendeu a invasão russa da Ucrânia, dizendo que Kiev estava “a provocar a Rússia”, mas manifestou-se contra a utilização de armas nucleares no país.

​▶ Japão considera difícil aderir de imediato ao embargo ao petróleo russo. “Dado que o Japão tem uma limitação de recursos, iríamos enfrentar alguma dificuldade para nos mantermos em sintonia imediatamente” com outros países, afirmou o ministro da Economia, Comércio e Indústria. As importações de petróleo da Rússia representaram 4% do total de petróleo do Japão no último ano fiscal até Março.​

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, convidou o homólogo alemão, Frank-Walter Steinmeier, e o chanceler, Olaf Scholz, para uma visita a Kiev. Não foi adiantada uma data para a viagem.​

​​▶ Informações fornecidas pelos serviços secretos dos EUA permitiram a Kiev matar generais russos. Segundo o New York Times, a informação americana, combinada com a dos ucranianos, e em particular a intercepção de comunicações, permitiu efectuar ataques de artilharia contra altas patentes russas.

​▶ As autoridades ucranianas identificaram dez soldados russos alegadamente responsáveis pelas “atrocidades em Bucha”. Os militares entraram numa habitação, ameaçaram e agrediram os civis com carregadores de metralhadoras, revelou a procuradora-geral da Ucrânia, Irina Venediktova.

​▶ O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, anunciou que a aliança vai aumentar a presença nas fronteiras da Suécia e no mar Báltico durante o eventual período de adesão do país à NATO. A Suécia e a Finlândia têm de decidir sobre uma a candidatura este mês.

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