DGS autorizou a utilização da vacina da Novavax contra a covid-19

Segundo a norma da Direcção-Geral da Saúde (DGS), a vacina da Novavax é para ser administrada aos cidadãos com idade igual ou superior a 18 anos em Portugal, com um intervalo de 21 dias.

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Portugal tem 492 mil doses da vacina Novavax, ao abrigo do contrato de aquisição de vacinas assinado em Agosto pela Comissão Europeia Paulo Pimenta

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) autorizou, através de uma norma publicada a 29 de Abril, a administração da vacina da Novavax contra a covid-19, que é para ser dada aos cidadãos com idade igual ou superior a 18 anos em Portugal, noticia o Eco nesta segunda-feira.

De acordo com a norma, publicada no site da DGS, esta vacina de duas doses deve ser administrada com um intervalo de 21 dias e é indicada quando existe “contra-indicação a uma vacina de outra marca” ou se se verificar “outro motivo impeditivo da utilização de uma vacina de outra marca, mediante a apresentação de declaração médica”, acrescentado que deve ser apresentada “fundamentação sobre a razão clínica e/ou científica para a utilização” desta vacina, “emitida com data e assinatura legível pelo médico assistente”.

No que diz respeito a eventuais efeitos adversos associados à administração da vacina da Novavax, a norma da DGS refere que incluem dor no local da injecção, cansaço, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, náuseas ou vómitos, que costumam ser mais frequentes nas pessoas entre os 18 e os 64 anos.

A DGS avisa ainda que “esta vacina está sujeita a monitorização adicional que irá permitir a rápida identificação de nova informação de segurança, pelo que é muito importante que os profissionais de saúde notifiquem quaisquer suspeitas de reacções adversas”. “Existem ainda dados limitados sobre a interacção desta vacina com outras vacinas”, sublinha também a mesma autoridade de saúde.

De acordo com o Eco, o Infarmed revelou, no final de Dezembro de 2021, que Portugal tem 492 mil doses da vacina contra a covid da Novavax, ao abrigo do contrato de aquisição de vacinas assinado em Agosto pela Comissão Europeia.

Esta vacina foi aprovada pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) em Dezembro do ano passado e é a quinta vacina anticovid a ser autorizada em Portugal e tem uma tecnologia de diferente: usa uma versão da proteína de espícula do vírus SARS-CoV-2 mais um adjuvante, substância que potencia a resposta imunitária. “O sistema imunitário identificará a proteína da vacina como um corpo estranho e vai activar as suas defesas naturais – os anticorpos e os linfócitos T – contra ela”, explicava o comunicado da EMA que deu luz verde à vacina da Novavax. Se algum tempo depois a pessoa vacinada entrar em contacto com o novo coronavírus, o sistema imunitário reconhecerá a proteína de espícula – que se encontra na superfície do vírus e que serve para penetrar nas nossas células – e estará preparado para a combater. Os anticorpos e as células do sistema imunitário trabalharão em conjunto para destruir o vírus e as células entretanto infectadas.

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