Guerra na Ucrânia hoje: o que precisa de saber

Mais de 600 pessoas terão ficado feridas num ataque à fábrica Azovstal na quarta-feira, segundo o presidente da câmara de Mariupol. A Rússia confirmou que as suas tropas realizaram um ataque contra Kiev durante a visita ao país do secretário-geral da ONU. Um artigo em actualização ao longo deste dia.

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Edifício destruído por um bombardeamento russo em Irpin Reuters/VALENTYN OGIRENKO

▶ A Rússia confirmou que as suas tropas realizaram um ataque com “armas de alta precisão” contra Kiev na quinta-feira, durante a visita do secretário-geral da ONU, António Guterres – um acto que o Presidente ucraniano considerou como uma tentativa de “humilhar a ONU”. Pelo menos uma pessoa morreu e quatro outras ficaram feridas na sequência de dois bombardeamentos no distrito de Chevchenkovski, segundo o presidente da câmara da capital, Vitali Klitschko.

▶ A guerra na Ucrânia pode vir a prolongar-se durante meses ou mesmo anos, voltou a alertar na quinta-feira o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, adiantando que a aliança está preparada para continuar a apoiar a Ucrânia até quando for preciso.

▶ Em declarações prestadas a jornalistas polacos, o Presidente ucraniano, Volodimir Zelensky disse esta sexta-feira que foram descobertos mais de 900 corpos em valas comuns desde a retirada das tropas russas de Kiev.

▶ Mais de 600 pessoas terão ficado feridas nos bombardeamentos de quarta-feira, que atingiram as infra-estruturas hospitalares improvisadas da fábrica Azovstal, segundo o presidente da câmara de Mariupol. Numa entrevista à CNN dada a partir da metalúrgica, um comandante disse que ali a situação é “pior do que uma catástrofe humanitária”, com água, comida e equipamentos médicos a escassearem.

▶ A Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) revelou que está a investigar uma denúncia de que um míssil russo sobrevoou directamente uma central nuclear no sul da Ucrânia, a 16 de Abril. Caso se confirme, seria “extremamente grave” por poder ter resultado num acidente nuclear, acusa a agência.

▶ O Ministério da Defesa do Reino Unido anunciou esta sexta-feira “um dos maiores destacamentos” de tropas para a Europa continental “desde a Guerra Fria”. Estarão envolvidos oito mil soldados e dezenas de veículos militares.

▶ O Reino Unido disse também que vai enviar especialistas para ajudar a Ucrânia na recolha de provas e condenação de crimes de guerra do lado russo.

▶ Em entrevistas à revista Time, Volodimir Zelensky descreveu como as tropas russas quase o conseguiram encontrar e à sua família no primeiro dia da invasão russa. Na ocasião, o exército ucraniano informara Zelensky de que equipas de ataque russas tinham aterrado de pára-quedas em Kiev para o matar ou capturar a si e à sua família, segundo o Guardian.

▶ A Procuradoria-Geral da Ucrânia procura dez soldados russos suspeitos de violações dos direitos humanos em Bucha, cujos nomes e rostos divulgou no Facebook.

▶ A Rússia não considera que esteja em guerra com a NATO por causa da Ucrânia, já que esse desenvolvimento aumentaria o risco de uma guerra nuclear, disse esta sexta-feira o ministro dos Negócios estrangeiros russo Sergei Lavrov.

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