Vincent Lindon vai presidir ao júri do Festival de Cannes

Actor francês foi distinguido com o prémio de melhor actor na Croisette, em 2015, por A Lei do Mercado, de Stéphane Brizé.

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Vincent London g.garitan / wikicommons

Vincent Lindon vai ser o presidente do júri da 75.ª edição do Festival de Cinema de Cannes, que se realiza de 17 a 28 de Maio, anunciou a direcção do festival esta terça-feira.

O actor francês de 62 anos vai assim regressar ao lugar onde em 2015 recebeu o prémio de interpretação pelo seu papel de desempregado de longa duração no filme de Stéphane Brizé A Lei do Mercado. Caber-lhe-á, desta vez, decidir, à frente de um colectivo internacional de mais oito jurados, a atribuição dos prémios aos 21 filmes da competição oficial para a Palma de Ouro.

Os restantes membros do júri do festival serão a actriz, realizadora, argumentista e produtora anglo-americana Rebecca Hall (Vicky Cristina Barcelona); a actriz indiana Deepika Padukone, uma referência de Bollywood; a actriz sueca Noomi Rapace (Os Homens Que Odeiam as Mulheres); a realizadora e actriz italiana Jasmine Trinca (O Atirador); o realizador, argumentista e produtor iraniano Asghar Farhadi (A Separação); o actor, realizador, argumentista e produtor franco-maliano Ladj Ly (Os Miseráveis); o realizador e argumentista americano Jeff Nichols (Midnight Special); e o realizador e argumentista norueguês Joachim Trier (A Pior Pessoa do Mundo).

No perfil que traça de Vincent Lindon, o Festival de Cannes lembra alguns momentos mais relevantes de uma carreira que regista já perto de oitenta títulos, e define-o como “um actor físico, digno herdeiro de Jean Gabin, Lino Ventura ou Patrick Dewaere”, com “uma presença magnética e rugosa onde aflora uma rara sensibilidade”.

Vincent Lindon, cujo último filme, Avec Amour et Acharnement (Com Amor e Determinação, em tradução directa), realizado por Claire Denis, tem estreia agendada em França para Agosto, é o primeiro francês a presidir ao júri de Cannes desde que Isabelle Hupert assumiu esse papel em 2009, quando a Palma de Ouro foi atribuída a O Laço Branco, de Michael Haneke.

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