Ritmo de subida das taxas Euribor volta a acelerar

Declarações do vice-presidente do Banco Central Europeu, admitindo como possível uma subida de taxas em Julho, tiveram reflexos no mercado interbancário.

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Rui Gaudêncio

As taxas Euribor subiram esta sexta-feira em todos prazos, com a de 12 meses a atingir máximos de 2015, reforçando, assim, o valor positivo. Na origem da aceleração de subida destas taxas, que estão na base da maioria dos empréstimos da casa, estão as declarações do vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, que esta quinta-feira admitiu como possível um aumento das taxas de juro na zona euro em Julho.

A Euribor a 12 meses, o prazo mais utilizado nos novos créditos à habitação, subiu esta sexta-feira para 0,084%, mais 0,067 pontos do que na quinta-feira, tendo atingido o primeiro valor positivo, em mais de seis anos, a 12 de Abril. O valor mais baixo desta taxa já vai longe, de -0,518%, verificado em 20 de Dezembro de 2021.

A taxa a seis meses, a que está na base da maioria dos créditos à habitação, avançou para -0,268%, mais 0,042 pontos do que na quinta-feira, um novo máximo desde Julho de 2020. Esta taxa já anulou cerca de metade do valor mais baixo de sempre, de -0,554%, verificado em 20 de Dezembro de 2021.

A três meses, a Euribor subiu para -0,427%, mais 0,036 pontos do que na sessão anterior e um novo máximo desde Agosto de 2020, contra o mínimo de sempre, de -0,605%, verificado em 14 de Dezembro de 2021.

As taxas Euribor começaram a subir em 2022, e de forma mais acelerada a partir de Fevereiro, após o BCE ter admitido que poderia subir as taxas de juro directoras este ano devido à subida da inflação na zona euro, e depois devido à guerra na Ucrânia, desencadeada pela invasão da Rússia no final daquele mês.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 57 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário. Com Lusa

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