Guerra na Ucrânia: o que precisa de saber hoje

Rússia confirma ter feito “dezenas de ataques aéreos” e disparos de mísseis contra o leste ucraniano. Foram atingidos 1260 alvos militares. Rússia fez uma nova proposta de rendição para que as forças ucranianas na central metalúrgica Azovstal, na quarta-feira. Kiev e Moscovo sem acordo para corredores humanitários pelo terceiro dia consecutivo. Um artigo em actualização ao longo do dia.

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A Rússia pediu que as forças ucranianas e os combatentes estrangeiros escondidos na central metalúrgica Azovstal, na cidade de Mariupol, deponham a suas armas EPA/MARIUPOL CITY COUNCIL HANDOUT

Actualizado às 22h40

► As tropas russas conseguiram controlar a cidade de Kreminna, no leste da Ucrânia, na madrugada de segunda-feira. “Neste momento, perdemos o controlo da cidade de Kreminna”, disse o governador regional de Lugansk, Sergii Gaidaii, na noite de segunda-feira.

► Kiev e Moscovo sem acordo para corredores humanitários pelo terceiro dia consecutivo.

A Rússia fez uma nova proposta de rendição para que as forças ucranianas e os combatentes estrangeiros escondidos na central metalúrgica Azovstal, na cidade de Mariupol, deponham a suas armas na quarta-feira. Moscovo já tinha feito a mesma proposta esta terça-feira, mas a Ucrânia recusou. Contudo, cerca de 120 civis que vivem nas imediações do complexo saíram da cidade.

​►A Ucrânia disparou, no início de Março, mísseis de fragmentação na pequena aldeia de Husarivka, perto de Kharkiv (Carcóvia), para travar os avanços da ofensiva militar russa, revelou o New York Times.​ Os bombardeamentos russos nesta região provocaram quatro mortos e 14 feridos.

Rússia confirmou ter feito “dezenas de ataques aéreos” e disparos de mísseis contra o leste ucraniano. Foram atingidos 1260 alvos militares. “Dezenas de mísseis de alta precisão, das forças russas neutralizaram 13 fortificações das unidades ucranianas”, disse o Ministério da Defesa da Rússia.

A Rússia denunciou um ataque das forças ucranianas numa cidade na região russa de Belgorod, na fronteira com a Ucrânia, que causou pelo menos um ferido. Pelo menos 37 pessoas morreram a bordo do navio russo Moskva.​

► O ministro da Defesa russo Serguei Shoigu acusou esta terça-feira os Estados Unidos e os seus aliados de estarem a fazer tudo para que a operação “dure o máximo de tempo possível”: “As entregas crescentes de armas estrangeiras demonstram claramente a sua intenção de que o regime de Kiev deve lutar até ao último ucraniano”.

► A operação militar russa entrou numa nova fase, diz o ministro dos Negócios Estrangeiros russo Sergei Lavrov, que acrescenta que “vai ser um momento muito importante desta operação especial”. Durante a mesma entrevista, disse que a Rússia iria apenas usar armas convencionais na Ucrânia, colocando de parte a possibilidade do uso de armas nucleares.

António Guterres pediu uma pausa humanitária de quatro dias na guerra durante Páscoa ortodoxa. O secretário-geral das Nações Unidas acrescentou ainda que a ONU está disposta a enviar caravanas de ajuda humanitária.​

​► O chanceler alemão, Olaf Scholz, culpabilizou Vladimir Putin pelos “crimes de guerra” cometidos na Ucrânia e acrescentou que o luto pelas vítimas dos massacres se mistura com “uma grande raiva para com o Presidente russo” responsável por uma guerra sem sentido. A Alemanha vai continuar a apoiar a Ucrânia a nível financeiro e militar.​

►Mais de 4,9 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia desde o início da guerra. De acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR), cerca de 90% dos deslocados são mulheres e crianças.

►A ONU estima que seis milhões de ucranianos, dentro e fora do país, precisem de alimentos e dinheiro para satisfazer as necessidades básicas. Revelou ainda que a mobilização de 60 mil toneladas de alimentos para a Ucrânia só vai alimentar dois milhões de pessoas durante dois meses.​

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