Autoridades de Lugansk anunciam início de ofensiva russa no Leste

A ofensiva russa, como prometido, aumenta de intensidade a leste, nomeadamente nas cidades de Kramators, Donetsk, Vugledar, Marinka e Gradiv. A cidade de Kraminna já foi tomada.

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Donetsk é uma das zonas em que a ofensiva russa aposta agora num avanço militar EPA/SERGEI ILNITSKY

As autoridades regionais de Lugansk anunciaram esta segunda-feira o início da grande ofensiva da Rússia no leste da Ucrânia, após vários dias de preparativos e concentração de tropas russas naquela zona do país. Esta intensificação militar já resultou na tomada de controlo da cidade de Kreminna, na região de Lugansk.

O governador da região, Serhii Haidai, indicou que “os ocupantes assumiram o controlo de Kreminna” e que a “evacuação da cidade não é mais possível”.

“Cuidem dos vossos filhos” foi o seu apelo final através de uma publicação na rede social Telegram.

Podemos informar que a ofensiva já começou”, disse a administração militar regional em comunicado, acrescentando que os combates ocorrem nas ruas de Kreminna. Numa mensagem transmitida pela conta do Telegram, a administração militar regional acrescenta que a retirada de civis é “impossível”.

Acrescentou ainda que “as pessoas estão a ser retiradas de Severodonetsk, Lisichansk, Popasna, Horski e Rubizhne”, cidades localizadas na área de Lugansk fora do controlo da autoproclamada República Popular de Lugansk. “Cuidem dos seus filhos”, terminou Haidai.

Novos ataques com mísseis russos na cidade de Kramators, bem como em outras cidades em Donetsk, como Vugledar, Marinka e Gradiv, foram relatados durante a noite no leste da Ucrânia. Por outro lado, a situação não mudou em Mariupol, a cidade portuária sitiada que o comando russo exortou à rendição no domingo.

Milhares de civis em Mariupol, na costa do mar de Azov, estão a resistir ao bombardeamento contínuo das tropas russas abrigadas nas instalações da siderúrgica Azovstal, uma antiga fábrica metalúrgica da década de 1930, segundo a Ukrinform. O ultimato imposto por Moscovo expirou ao meio-dia de domingo, sem que os resistentes ucranianos depusessem as armas.

Estima-se que cerca de 2500 soldados também estejam entrincheirados naquela antiga siderurgia, que seria a última defesa do lado ucraniano da cidade.

Paralelamente a esta situação no leste, as autoridades de Lviv noticiaram esta segunda-feira novos ataques a esta cidade, perto da fronteira com a Polónia. Conforme relatado pelo presidente da câmara, Andriy Sadovyi, na rede Telegram, cinco mísseis caíram na cidade nas últimas horas.

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