Cheias na África do Sul fazem perto de 400 mortos

As cheias derrubaram postes de electricidade e interromperam o abastecimento de água num dos portos mais movimentados da África do Sul. Mais de 40 mil pessoas foram afectadas.

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As autoridades dizem que as cheias afectaram mais de 40 mil pessoas Reuters/ROGAN WARD

Quase 400 pessoas morreram e 40 mil foram afectadas de várias formas na sequência das cheias na zona de Durban, na costa sudeste da África do Sul, a 400 quilómetros da fronteira com Moçambique. Esta sexta-feira, as autoridades do país anunciaram uma ajuda inicial de emergência no valor de mil milhões de rands (63 milhões de euros), para fazer frente às quebras no fornecimento de água e electricidade a dezenas de milhares de pessoas.

As cheias derrubaram postes de electricidade e interromperam o abastecimento de água num dos portos mais movimentados da África do Sul, e milhares de pessoas tiveram de ser realojadas depois de as suas casas terem sido arrasadas.

Segundo o balanço mais recente, avançado pelo canal estatal SABC, pelo menos 395 pessoas morreram.

O ministro das Finanças sul-africano, Enoch Godongwana, disse ao canal Newsroom Afrika que a ajuda inicial está disponível para ser usada de forma imediata, depois de as autoridades da província de KwaZulu-Natal terem accionado o estado de emergência. As primeiras estimativas apontam para um prejuízo total na ordem dos vários milhares de milhões de rands.

Os canais de televisão locais mostraram imagens de voluntários a retirarem contentores de plástico, pedaços de bambu e uma variedade de lixos ao longo da costa de Durban. Noutras praias, testemunhas ouvidas pela agência Reuters dizem que os turistas estão a aproveitar um abrandamento das chuvas, antes de um esperado reinício a partir da noite desta sexta-feira.

Os cientistas dizem que a costa sudeste de África — onde se localiza Moçambique — está a ficar mais vulnerável a tempestades violentas e a cheias de grandes proporções, à medida que as emissões de gases com efeito de estufa provocam um aquecimento do oceano Índico. E a situação poderá agravar-se de forma dramática nas próximas décadas, com os activistas locais a exigirem mais apoio às populações.

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