Há multivitamínicos para todos os gostos, mas quem precisa deles?

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A procura por multivitamínicos está a crescer, segundo vários relatórios de analistas sobre esse mercado — são dos suplementos alimentares mais escolhidos devido à dosagem fácil, baixo custo (comparado com outros) e maior conveniência. Afinal, prometem ter todas as vitaminas e minerais essenciais a uma alimentação saudável. Mas será que todas as pessoas precisam de tomar multivitamínicos? Como sempre, depende.

Encerramos a série do Vitamina P sobre suplementos alimentares (que já passou por colagénio, magnésio e vitamina D) com um episódio dedicado àqueles que prometem suprimir as necessidades de várias vitaminas e minerais em simultâneo. Para nos tirar dúvidas, contamos com a nutricionista Catarina Carvalho. “Gosto sempre de frisar que um multivitamínico não substitui uma alimentação equilibrada”, reforça logo a profissional. “Em princípio, se cumprirmos aquilo que são as recomendações da roda dos alimentos, não há necessidade de suplementos.”

No entanto, há segmentos específicos da população que podem beneficiar da ingestão de várias vitaminas em simultâneo. No caso dos atletas, por exemplo, existe mais “necessidade de cálcio, de magnésio e de potássio, que são aqueles micronutrientes que estão mais envolventes na contracção muscular”. Como sempre, independentemente dos motivos, deve-se contactar um profissional e fazer análises antes de começar a suplementar.

Os excessos também não são saudáveis. “É como na alimentação: se eu consumir um alimento em excesso ou se beber água em excesso também terei problemas para a minha saúde. E nas vitaminas acontece o mesmo”, compara Catarina Carvalho. “Gosto muito de destacar o papel da vitamina A, que é muito importante para a nossa visão, que muitas vezes está presente em alimentos como a abóbora ou da cenoura. Tudo aquilo que for excesso da vitamina A pode provocar, por exemplo, queda de cabelo.”

E insiste: “Tomar um suplemento vitamínico só porque o amigo ou o vizinho do lado toma, ou porque está na moda, não é o mais correcto.”

Durante a conversa, falamos do aumento da procura de suplementos durante a pandemia e abordamos os “sinais e sintomas” que nos podem alertar para a necessidade de tomar multivitamínicos.

A fechar o episódio, recordamos alguns dos temas que passaram pela Conversa Ímpar de dia 6 de Abril e dos estudos que mostram que há ligação entre a actividade física e a diminuição dos sintomas de depressão. “Muitas vezes as pessoas não têm noção de que a prática consistente e regular de actividade física, trinta a quarenta minutos, quatro a seis vezes por semana, ao final de um mês, vai equivaler no nosso cérebro à toma de um antidepressivo ligeiro”, diz a psicóloga clínica Filipa Jardim da Silva, fundadora da Academia Transformar.


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