Reabilitação do Ateliê António Carneiro no Porto deverá estar concluída em 2023

Projecto é do arquitecto Camilo Rebelo.

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José Carlos Coelho/ARQUIVO

As obras de reabilitação do edifício do Ateliê António Carneiro, na freguesia do Bonfim, no Porto, arrancaram esta terça-feira e visam transformar o espaço numa nova estação do Museu da Cidade, que deverá estar concluída no início de 2023.

A empreitada, a cargo da empresa municipal GO Porto, prevê a recuperação da traça original, que data dos anos 1920, assumindo uma “galeria principal de exposição e dois ateliers com as condições técnicas necessárias à sua nova utilização”.

Fruto de um investimento de 648 mil euros, o espaço intervencionado, que conta com mais de 500 metros quadrados, inclui também um jardim, um terraço e um pátio.

“Todas as fachadas, tanto do próprio edifício como dos muros que delimitam o jardim e o pátio, vão ser preservadas, assegurando a conservação dos elementos arquitectónicos que o caracterizam e a imagem urbana desta zona da cidade”, observa a autarquia em nota publicada no seu site oficial.

Com a reabilitação, o atelier vai passar a ter um espaço de recepção, uma bilheteira e três acessos, que podem ser usados como entrada, “potenciando a acessibilidade e [o] usufruto do local”.

A obra tem um prazo de execução de 300 dias, devendo estar concluída no final de Janeiro de 2023.

O Ateliê António Carneiro é uma das 17 estações do projecto pensado pelo director artístico, Nuno Faria, para o Museu da Cidade do Porto, que se estende desde o Parque da Pasteleira, a oriente, à Bonjóia, a ocidente.

Construído na década de 1920, o atelier de António Carneiro e do seu filho, Carlos Carneiro, está encerrado ao público “há alguns anos”, nota a página oficial do Museu da Cidade do Porto, acrescentando que o espólio da instituição é composto por cerca de três centenas de obras, incluindo auto-retratos, retratos da família e pinturas marinhas, de interiores de igreja e de panorâmicas da cidade do Porto.

A página do Museu da Cidade do Porto destaca ainda que o arquitecto Camilo Rebelo é responsável pelo projecto de reabilitação que tem como objectivo “recuperar a traça e o uso originais”.

“Neste projecto sobressaem, por um lado, os dois ateliers de pintura como espaços centrais, e, por outro, a dotação das características programáticas e técnicas que permitem voltar a abrir o espaço ao público”, salienta o Museu da Cidade, observando que a intervenção pretende recuperar e qualificar a “tipologia tradicional de atelier de pintura com luz do norte”.

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