A editora Relógio D’Água anunciou esta quinta-feira que o livro A Filosofia da Canção Moderna, de Bob Dylan, será editado por eles em Novembro com tradução de Pedro Serrano e Angelina Barbosa.

A obra sairá no mesmo mês em que será publicada nos Estados Unidos. A 10 de Março a editora norte-americana Simon & Schuster tinha dado a novidade: Bob Dylan preparava-se para lançar no final deste ano um livro de ensaios intitulado The Philosophy of Modern Song, sobre a arte de escrever canções.

Tarântula
Autoria: Bob Dylan
Editora: Relógio D'Água
120 págs., 15€
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“Trata-se do primeiro escrito de Dylan depois de receber o Nobel da Literatura em 2016 e reúne 60 ensaios sobre o trabalho de composição de cantores e músicos como Nina Simone, Hank Williams e Elvis Costello”, escreve a editora de Francisco Vale no comunicado.

“Bob Dylan revela muito do que aprendeu ao longo dos anos, abordando com pormenor, e por vezes ironia, questões quase técnicas, como a ratoeira das rimas fáceis ou como o acréscimo de uma sílaba pode prejudicar uma canção. Mas, embora sejam reflexões sobre música, são também, na realidade, meditações sobre a condição humana. O livro, que começou a ser escrito em 2010, integra também uma cuidadosa selecção de 150 fotografias”, contam ainda.

Crónicas - Volume I
Autoria: Bob Dylan
Editora: Relógio D'Água
256 págs., 17€
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Em Portugal, a obra literária do músico e compositor norte-americano, Nobel da Literatura 2016, tem sido publicada pela Relógio D’Água.

Estão disponíveis na editora o primeiro (e até agora único) volume de Crónicas (com tradução de Bárbara Pinto Coelho, as primeiras páginas podem ser lidas aqui), a ficção experimental Tarântula (com tradução de Vasco Gatoas primeiras páginas podem ser lidas aqui) e os dois volumes de Canções (com tradução de Pedro Serrano e Angelina Barbosa, primeiras páginas aqui e aqui).

 Canções - Volume I (1962-1973)
Autoria: Bob Dylan
Editora: Relógio D'Água
670 págs., 27€
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Foi há sessenta anos que Bob Dylan gravou o seu primeiro disco, devido ao entusiasmo de um outro Bob: Robert Shelton. É isto que nos conta o jornalista Nuno Pacheco na sua crónica: O dia em que Bob descobriu outro Bob e assim fez História.

Canções - Volume 2 (1974-2001)
Autoria: Bob Dylan 
Editora: Relógio D'Água 
758 págs., 28 €
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Na terça-feira, a editora holandesa Ambo Anthos tomou a decisão de retirar das livrarias Het Verraad van Anne Frank, livro que em Portugal está editado pela Harper Collins desde o início deste mês com o título Quem Traiu Anne Frank?.  Podem ler aqui a notícia

E em Janeiro, a jornalista Lucinda Canelas já dava conta do seu lançamento: Afinal, quem denunciou Anne Frank e a família terá sido…

Quem Traiu Anne Frank? -A investigação que revela o segredo jamais contado
Autoria: Rosemary Sullivan 
Editora: Harper Collins
416 págs., 18,70€
Já nas livrarias 
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Também esta semana, no Dia Mundial da Poesia, a editora Assírio & Alvim anunciou que vai nascer a Assírio & Alvim Brasil. É o resultado de uma parceria com a Autores e Ideias Editora, de Thales Guaracy, ex-director editorial da Editora Saraiva.

No Brasil, a editora que foi fundada em Portugal em 1972 estrear-se-á com dois títulos: Sobre a Arte Literária, colectânea de textos de Fernando Pessoa da colecção Pessoa Breve, com edição de Fernando Cabral Martins e Richard Zenith, e Inferno, de Pedro Eiras, o primeiro volume de um tríptico inspirado na obra de Dante Alighieri, Prémio Literário António Cabral e única obra de poesia finalista do Prémio Oceanos 2021. “Estes livros ficarão disponíveis no mercado brasileiro, muito em breve”, dizem em comunicado.

Por estes dias, andei a vasculhar jornais de 1926, ano da queda da República, e de 1994, ano da Revolução dos Cravos, para perceber que livros estavam na berra naqueles anos. Falei também com o professor Nuno Medeiros, autor de Edição e Editores — O Mundo do Livro em Portugal, 1940-1970 (ed. Imprensa de Ciências Sociais), que me ajudou a perceber o que é que se editava e se lia nessas épocas em Portugal.

O funeral e velório do poeta Gastão Cruz (1941- 2022) realiza-se nesta sexta-feira no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa. O Luís Miguel Queirós escreveu o obituário deste nome decisivo da renovação da poesia portuguesa nos anos 60. Mas também sobre ele escreveram António GuerreiroCarlos Mendes de Sousa e Luis Miguel Cintra.

O PÚBLICO convidou Adília Lopes a publicar poemas inéditos no Dia Mundial da Poesia. E fez o mesmo convite a José Tolentino de Mendonça.

Um livro do actual director de Cultura da Câmara Municipal de Lisboa mostra muitas semelhanças com trabalhos académicos defendidos na Universidade Nova de Lisboa e na Universidade de Lisboa. Carlos Moura-Carvalho, um jurista especializado em direitos de autor, diz que se tratou de “um erro grosseiro e inconsciente”. Os jornalistas Isabel Salema e Samuel Silva revelaram esta história.  Carlos Moedas disse que caso de plágio de Moura-Carvalho está “resolvido” e rejeita consequências políticas. E José Neves publicou esta quinta-feira um artigo de opinião sobre o assunto.

Amanhã no Ípsilon: Witold Gombrowicz pela jornalista Isabel Lucas.

Boas leituras, até para a semana.