Um Governo à imagem de António Costa

Este será um Governo sem sobressaltos. Fiável e sem estados de alma. Mais para gerir a terrível conjuntura do que para ousar reformas e lançar o país para o futuro.

O primeiro-ministro teve mais tempo do que nenhum outro para escolher o seu novo Governo. Dispôs de condições únicas para escolher quem muito bem quisesse – em concreto, uma maioria para garantir quatro anos de estabilidade. O seu perfil racional podia garantir a quem fosse convidado aquela aura de previsibilidade e segurança que recusa remodelações e prefere a continuidade – até em casos capazes de comprometer a sua imagem, como aconteceu com Eduardo Cabrita. Apesar de todas estas condições, António Costa escolheu um Governo de “delfins e da continuidade”. O que, em si mesmo, é todo um programa político.

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