EUA confirma lançamento de mísseis hipersónicos contra a Ucrânia

A Rússia foi o primeiro país a desenvolver estas armas e o Pentágono fez delas uma das suas prioridades, sabendo que também a China tem trabalhado nas suas versões.

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Imagem de míssil Kinzhal num exercício de defesa da Rússia Ministério da Defesa da Rússia

Responsáveis norte-americanos confirmaram este sábado à CNN que a Rússia lançou mísseis hipersónicos contra a Ucrânia a semana passada, depois de o Ministério da Defesa russo ter afirmado que estas armas foram usadas para destruir um depósito de armas subterrâneo em Ivano-Frankivsk, no Leste da Ucrânia, na sexta-feira. Trata-se da primeira vez que estes mísseis são usados por Moscovo numa situação de combate; segundo a CNN, a sua utilização visaria testá-los e, ao mesmo tempo, enviar uma mensagem ao Ocidente sobre as capacidades russas.

Há vários anos que a Moscovo se orgulha de ter estes mísseis, que Vladimir Putin descreve como “invencíveis”. Os Kinzhal, que foram agora usados na Ucrânia, desafiam todos os sistemas de defesa antiaérea, incluindo o escudo antimísseis norte-americano, afirma o Kremlin. O sistema de mísseis aéreos de alta precisão Kinzhal foi testado pela primeira vez com êxito em 2018.

Actualmente, há dois tipos de armamento hipersónico: o planador, que é um míssil sem propulsão lançado a uma altitude muito elevada por um míssil balístico e que pode chegar a uma velocidade de Mach 20 no início da trajectória, diminuindo à medida que desce (a Rússia testou em 2019 o Avangard, 27 vezes mais rápido que o som e capaz de chegar a todo o lado no planeta); e o míssil de cruzeiro hipersónico, equipado com propulsão própria e que evolui a uma velocidade mínima de Mach 5 na atmosfera, seguindo uma trajectória horizontal, como um míssil de cruzeiro convencional – a diferença é que a velocidade e a sua capacidade de manobra fazem com que seja muitos difícil de interceptar. O número Mach corresponde à relação entre a velocidade de um objecto e a velocidade do som.

A Rússia foi o primeiro país a desenvolver estas armas e o Pentágono fez delas uma das suas prioridades, sabendo que também a China tem trabalhado nas suas versões.

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