“A transbordar de gratidão”, Ashton Kutcher e Mila Kunis superam objectivo de 30 milhões para a Ucrânia

Casal de actores lançou, a 3 de Março, uma angariação de fundos para a qual contribuiu com três milhões. Quinze dias depois, a conta soma 34.458.000 de dólares (mais de 31 milhões de euros).

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Mila Kunis e Ashton Kutcher e no 6.º Clayton Kershaw de Ping Pong 4, em Agosto de 2018, Los Angeles, Califórnia Christopher Polk/Getty Images (Kershaw's Challenge)

O objectivo era reunir 30 milhões de dólares (27 milhões de euros) e o arranque foi em grande. Depois de o casal ter dado o pontapé de partida com três milhões, em pouco mais de 48 horas já tinha ultrapassado metade do objectivo. Duas semanas depois, a meta não só foi cumprida como superada.

“Estamos a transbordar de gratidão pelo apoio. E, embora isto esteja longe de ser uma solução para o problema, o nosso esforço colectivo proporcionará uma aterragem mais suave para tantas pessoas à medida que forjarem o seu futuro de incerteza”, declarou Mila Kunis, que nasceu em Tchernivtsi, no Sudoeste da Ucrânia, e se mudou com os pais para os EUA aos 7 anos, em 1991, o mesmo ano em que se deu a dissolução da União Soviética. De acordo com a actriz, de raízes judaicas, o anti-semitismo na antiga URSS foi uma das várias razões para a mudança da sua família para o outro lado do Atlântico.

No entanto, e apesar da satisfação manifestada, o par não está disposto a cruzar os braços. “O nosso trabalho não está acabado”, constatou Ashton Kutcher num vídeo publicado nas redes sociais esta quinta-feira. “Vamos fazer tudo o que pudermos para assegurar que a enxurrada de amor que veio de todos vós como parte desta campanha encontra um impacto máximo para aqueles que precisam.”

Para tal, a estrela da série That ‘70s Show garante que tanto ele como a mulher irão “tratar cada dólar como se fosse doado do próprio bolso; com respeito e honra pelo trabalho que foi realizado, com a intenção de amor através do qual foi dado e o desejo de que seja maximizado para um resultado positivo para os outros”.

O valor arrecadado já começou a ser entregue à Flexport.org e à Airbnb.org, duas organizações que estão activamente no terreno a prestar ajuda imediata àqueles que mais precisam. A primeira, explicaram, “está a organizar envios de ajuda humanitária para centros de refugiados na Polónia, Roménia, Hungria, Eslováquia e Moldova”, enquanto a segunda trata de soluções de “alojamento gratuito de curto prazo para os refugiados que fogem da Ucrânia”.

Desde 24 de Fevereiro até esta sexta-feira, o balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) calcula que 3.270.662 milhões de pessoas se viram forçadas a fugir do país, maioritariamente mulheres e crianças, já que os homens, entre os 18 e os 60 anos de idade, estão impedidos de deixar o país.

A Polónia acolheu mais de metade destas pessoas, recebendo 1,9 milhões de refugiados ucranianos. Seguem-se Roménia, Moldova, Hungria e Eslováquia. Para a Federação Russa saíram mais de 180 mil ucranianos, enquanto pouco mais de dois mil procuraram ajuda na Bielorrússia. Portugal, até às 19h de quarta-feira, tinha acolhido 11.800 pessoas a fugir da guerra na Ucrânia.

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