Metro de Lisboa só deverá circular a partir das 9h30 devido a greve

Nesta sexta-feira, os trabalhadores do Metro de Lisboa cumprem uma greve parcial até às 9h00. A circulação só deverá ter início a partir das 9h30.

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Metropolitano de Lisboa Nicolau Botequilha

O Metropolitano de Lisboa prevê que esta sexta-feira o serviço não esteja em funcionamento nas primeiras três horas da manhã, quando habitualmente começa às 6h30.

Os trabalhadores apresentaram a 23 de Fevereiro um pré-aviso de greve, para 11 e 18 de Março, entre as 5h00 e as 9h00, tendo em conta o que descrevem como uma desvalorização dos problemas dos funcionários por parte da administração. Na nota divulgada, o Metropolitano de Lisboa “agradece a compreensão dos seus clientes e lamenta os eventuais inconvenientes que estas greves possam causar”.

De acordo com Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans), a paralisação de dia 11 teve uma adesão “elevada”, tendo abrangido o sector operacional e maquinistas; a transportadora não divulgou dados sobre a participação. A circulação de comboios teve início por volta das 9h30.

“[O pré-aviso de greve] tem a ver com as condições de trabalho, a falta de efectivos e o clima por parte da direcção relativamente aos trabalhadores, o que perturba o bom funcionamento”, disse na altura a sindicalista, em declarações à agência Lusa. Os sindicatos pretendem que a empresa “coloque em prática uma série de compromissos assumidos para com os trabalhadores há muito tempo”, adiantou.

A sindicalista considerou que a administração deveria ter em conta os problemas que existem, por exemplo, na área dos maquinistas, que pela sua condição de trabalho no subsolo “deviam ter uma vida mais calma”.

De acordo com a Fectrans, o aviso prévio respeita as decisões dos plenários, pelo que abrange todas as chefias da Direcção de Operações, bem como os maquinistas.

Em reposta à Lusa, nas vésperas desta nova paralisação, o Metropolitano de Lisboa disse que se “encontra receptivo às propostas apresentadas pelas entidades sindicais”.

“Trata-se de um processo negocial bilateral num esforço de aproximação das propostas apresentadas (que têm sido alvo de negociações ao longo dos últimos meses) aos interesses da empresa e dos seus trabalhadores”, referiu na resposta escrita, salientado que a empresa tem “envidado todos os esforços no sentido da obtenção de um acordo no mais curto espaço de tempo possível”.

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