INE confirma inflação de 4,2% em Fevereiro

Subida da inflação em Fevereiro é especialmente acentuada nos produtos energéticos, que registaram uma variação dos preços face ao mesmo mês do ano passado de 15%

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Paulo Pimenta

A taxa de variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC) aumentou para 4,2%, em Fevereiro, uma subida de 0,9 pontos percentuais face à observada no mês anterior, confirmou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE). Com arredondamento a uma casa decimal, esta taxa coincide com o valor da estimativa rápida divulgada em 28 de Fevereiro.

O indicador de inflação subjacente (índice total excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos) também acelerou, registando uma variação homóloga de 3,2%, que compara com 2,4% em Janeiro.

O agregado relativo aos produtos energéticos apresentou uma taxa de variação de 15,0% (12,1% no mês precedente), enquanto o índice referente aos produtos alimentares não transformados registou uma variação homóloga de 3,7% (3,4% em Janeiro). Por classes de despesa e face ao mês precedente, o INE destaca os aumentos das taxas de variação homóloga das classes dos “transportes” e dos “restaurantes e hotéis”, com variações de 8,5% e 5,2%, respectivamente (6,2% e 3,6% no mês anterior).

Em sentido oposto, assinala as diminuições das taxas de variação homóloga das classes das “comunicações” e “lazer, recreação e cultura”, com variações de 1,4% e 3,0%, respectivamente (2,6% e 3,2% no mês anterior). Pelo terceiro mês consecutivo, todas as classes registaram variações homólogas positivas.

Segundo o INE, a variação mensal do IPC foi de 0,4% (0,3 no mês precedente e -0,5% em Fevereiro de 2021). Já a variação média dos últimos 12 meses foi de 1,8%, face a 1,5% em Janeiro.

O Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português apresentou uma variação homóloga de 4,4%, superior em 1,0 ponto percentual à do mês anterior e inferior em 1,4 pontos percentuais ao valor estimado pelo Gabinete de Estatísticas da União Europeia (Eurostat) para a zona euro. Em Janeiro, aquela diferença tinha sido de 1,7 pontos percentuais, notou o INE.

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