Preço do petróleo continua a subir e supera patamar dos 130 dólares

Metais como o níquel e o ouro continuam a registar subidas significativas.

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“O petróleo russo já não será aceite nos EUA. Os norte-americanos apoiam a Ucrânia e não vão patrocinar a guerra de Putin”, afirmou ontem Joe Biden Reuters/JONATHAN ERNST

Os preços do petróleo continuam a subir, em reacção à guerra na Ucrânia e em resposta à proibição, decretada pelo presidente norte-americano, Joe Biden, das importações de petróleo e de gás russos.

Nesta quarta-feira, o preço do Brent (que serve de referência para as importações europeias) subiu 2,9%, para 131,64 dólares por barril, enquanto o West Texas Intermediate (referência para o mercado norte-americano) registou um aumento de 2,5%, para os 126,84 dólares.

O presidente dos Estados Unidos anunciou na terça-feira que iria suspender a importação de gás e petróleo vindos da Rússia.

“O petróleo russo já não será aceite nos EUA. Os norte-americanos apoiam a Ucrânia e não vão patrocinar a guerra de Putin”, afirmou Joe Biden, alertando os norte-americanos que uma das consequências da decisão será um aumento do preço dos combustíveis.

“Avançamos com este boicote compreendendo que os nossos aliados europeus não estão em posição de se juntar a nós”, acrescenta, referindo-se ao recuo europeu relativamente a este embargo.

Esta decisão foi acompanhada pelo anúncio de que o Reino Unido iria acabar progressivamente com as importações de petróleo russo, enquanto a União Europeia decidiu cortar as importações de gás russo em dois terços no período de um ano.

A guerra na Ucrânia e as sanções decretadas contra a Rússia também têm influenciado o preço de outras matérias-primas.

Os preços do níquel atingiram nesta quarta-feira um recorde na China, o único mercado que está a negociar este metal, depois de ontem as negociações terem sido suspensas no Reino Unido.

O preço por tonelada registou um aumento de 17%, atingindo um recorde de 267.700 iuanes (cerca de 38.600 euros).

O níquel, que é usado no fabrico de aço inoxidável e de baterias para veículos eléctricos, viu o seu preço disparar 250% em dois dias e chegou a superar os 100 mil dólares por tonelada nos mercados asiáticos antes da suspensão da negociação na London Stock Exchange (LSE).

Segundo a consultora Rystad Energy, a Rússia é o terceiro maior fornecedor do mundo de níquel, garantindo quase 13% da capacidade total global de mineração deste metal em 2021.

Também o outro, visto por muitos investidores como um activo de refúgio alternativo aos mercados financeiros, valorizava nesta terça-feira 0,29%, com o preço da onça a situar-se nos 2044,36 dólares.

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