Eurovisão reconsidera e bane a Rússia do festival da canção deste ano

A decisão foi anunciada esta sexta-feira à tarde pela União Europeia de Radiodifusão, responsável pela Eurovisão, com o argumento de que a presença de um candidato russo afectaria a reputação do festival.

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EPA/KOEN VAN WEEL

A Rússia não irá poder participar na 66.º Festival Eurovisão da Canção, que se disputa em Maio na cidade italiana de Turim, anunciou esta sexta-feira o conselho executivo da União Europeia de Radiodifusão (EBU), argumentando que, no contexto criado pela invasão da Ucrânia, a presença de um concorrente russo resultaria no “descrédito da competição”.

A decisão foi divulgada a meio da tarde, depois de a EBU ter divulgado um primeiro comunicado no qual assegurava que a Rússia seria autorizada a enviar um representante a Turim, uma vez que, de acordo com justificação então apresentada, o festival “não é um evento político, mas sim cultural”.

No comunicado em que revê a sua posição, a União Europeia de Radiodifusão diz que seguiu recomendações da organização do festival, “baseada nas regras do evento e nos valores da EBU”, e do seu próprio departamento de televisão.

Depois de, na quarta-feira, a emissora pública da Ucrânia, numa carta aberta, ter apelado à EBU para excluir a estação pública da Rússia da União Europeia de Radiodifusão, apelidando-a de “porta-voz do Kremlin e uma peça chave da propaganda politica financiada pelo Orçamento do Estado russo”, a organização começou a receber apelos no mesmo sentido de outras televisões europeias, como as da Dinamarca, da Suécia, da Noruega, da Islândia e dos Países Baixos, esta última co-organizadora da última edição do festival.

Já a Finlândia e a Estónia forma mesmo mais longe e, noticia esta sexta-feira o site americano Hufftington Post, anunciaram mesmo que abandonariam a competição se a Rússia fosse autorizada a participar.

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