Semana da Moda de Milão: Prada celebra a “história da mulher”

Para o Outono/Inverno, Miuccia Prada e Raf Simons apostam nos vestidos translúcidos e nos casacos adornados com pedraria. A inspiração terá chegado de uma viagem aos arquivos da casa de luxo italiana.

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Kendall Jenner surge com um novo visual, diferente do cabelo moreno que usa habitualmente Reuters/ALESSANDRO GAROFALO
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Kendall Jenner Reuters/ALESSANDRO GAROFALO,Reuters/ALESSANDRO GAROFALO
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A modelo norte-americana Kaia Gerber abriu o desfile EPA/DANIEL DAL ZENNARO
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O desfile fez-se numa sala totalmente escura EPA/DANIEL DAL ZENNARO
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A apresentação da Prada era uma das mais esperadas do segundo dia de desfiles EPA/DANIEL DAL ZENNARO
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Os ombros exaagerados EPA/DANIEL DAL ZENNARO
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Kim Kardashian na primeira fila do desfile,Kim Kardashian na primeira fila do desfile Reuters/ALESSANDRO GAROFALO,Reuters/ALESSANDRO GAROFALO
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Miuccia Prada e Raf Simons apostaram em ombros estruturados Reuters/ALESSANDRO GAROFALO
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Não faltaram os casacos adornados com plumas Reuters/ALESSANDRO GAROFALO
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O fim do desfile Reuters/ALESSANDRO GAROFALO

O próximo Inverno na Prada será pautado pelos clássicos com delicadeza. Na passerelle da Semana da Moda de Milão, esta quinta-feira, a marca de luxo italiana apostou nos vestidos translúcidos e nos casacos adornados com pedraria, numa colecção que os directores criativos, Miuccia Prada e Raf Simons descrevem como um olhar sobre “a história da mulher”.

Na fila da frente da sala escura sentou-se Kim Kardashian, na passerelle desfilou a irmã, a modelo Kendall Jenner. A apresentação da Prada era uma das mais esperadas do segundo dia da Semana da Moda de Milão, que regressa em força aos desfiles presenciais, enquanto a indústria retoma a normalidade.

Os designers Miuccia Prada e Raf Simons ─ ambos à frente da direcção criativa da marca ─ explicaram que pretendiam continuar a explorar coordenados de colecções antigas, que trouxeram para a proposta da próxima estação fria, intitulada “Uma Ideologia da Prada”. Destacaram-se os tops brancos usados com saias de dois tons e os vestidos com transparências. Não faltaram clássicos da alfaiataria como os blazers, mas que aqui ganharam ombros exagerados. Nos casacos, as golas abriram-se em formato arredondado. Alguns sobretudos foram, ainda, adornados com correntes à volta do pescoço e penas nas mangas.

Esta colecção é sobre a história das mulheres, a histórias das pessoas, e não sobre a história da moda”, escreveu Miuccia Prada, no descritivo da colecção. “A tradição é sobre humanidade ─ relações entre as pessoas, que passam conhecimento. Uma história humana. Estas ideias interessavam-nos ─ ver como e porquê as coisas foram criadas de certa forma. Mas há apenas um rasto, uma memória. Não é retro, de todo”, acrescentou.

As modelos cruzaram a passerelle também com conjuntos de casaco e saia a condizer em cinza e preto, casacos estilo bomber decorados com flores cintilantes e camisolas com gola de pólo. “Ao pegar no passado fazemos uma tradução ─ a beleza, a qualidade da tradição, mesmo da alta-costura. Há sempre alguma coisa que a Prada já fez”, lembra Raf Simons, em entrevista à Reuters.

“A valorização da história inclui a valorização da história da Prada ─ penso em momentos revolucionários na história de Prada e fizemos eco disso aqui. Nunca há recriações directas, mas há um reflexo de algo que se conhece, uma linguagem da Prada. E esses momentos ajudaram a definir a nossa ideia de beleza hoje, que estamos constantemente a redefinir”, concluiu o designer belga, que se juntou a Miuccia Prada em Fevereiro de 2020.

Até à próxima segunda-feira, 28 de Fevereiro, na Semana da Moda de Milão, esperam-se, ainda, as apresentações de nomes sonantes como Dolce&Gabbana, Gucci, Valentino e Versace. A portuguesa Alexandra Moura apresenta a sua colecção no domingo, dia 27, às 18h locais (17h de Lisboa).

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