Rui Moreira sobre o El Corte Inglés na Boavista: “Não podemos fazer disto um drama”

Movimento por um Jardim Ferroviário organiza este sábado uma manifestação contra a destruição da antiga estação ferroviária. Autarca garante que não há recuo possível. Cadeia espanhola pode ajudar comércio local, defende

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Neste sábado há manifestação contra a demolição da estação Paulo Pimenta

O movimento que defende a construção de um jardim ferroviário na Rotunda da Boavista manifesta-se, este sábado, às 15h, contra a demolição daquelas que foi “a primeira estação ferroviária do Porto, construída em 1875, e dos seus amplos terrenos para dar lugar a mais um centro comercial”. A luta deste grupo de cidadãos é antiga, mas não convence o presidente da Câmara do Porto, para quem o assunto está encerrado. “Não nos incomoda nada ter ali uma galeria desde que não cause constrangimentos à mobilidade”, disse numa entrevista ao PÚBLICO.

Rui Moreira sublinha que quando se candidatou pela primeira vez à Câmara do Porto, em 2013, inscreveu no programa a vontade de criar um jardim naquele terreno. A ideia, no entanto, pressupunha que a IP estivesse “na disposição de fazer contas com o El Corte Inglés”, algo que nunca aconteceu.

Dessa forma, aponta o autarca, tal seria impossível. Porque a autarquia não está na disposição de pagar a factura: “Não podemos fazer disto um drama. Também não era um drama ter um jardim. O que a cidade não vai seguramente fazer é, por pressões de determinados grupos ou razões eleitorais, o o mesmo que aconteceu lá atrás, e depois pagar indemnizações como no Parque da Cidade. Isso não. A cidade não vai pagar.”

Para o presidente da Câmara do Porto, o El Corte Inglés pode ser a revitalização necessária numa das “zonas mais decadentes da cidade”, onde o comércio está “a penar”. “Em Vila Nova de Gaia o impacto do El Corte Inglés foi positivo para todo o comércio à volta. Um pouco como uma loja âncora num centro comercial.”

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