Normalizar partidos radicais? Sim! Aprendi com Mário Soares

Aquilo que defendo que seja feito ao Chega nos dias de hoje é aquilo que Mário Soares defendeu que fosse feito ao PCP na segunda metade da década de 70. E resultou.

Há muita gente que me acusa de andar a normalizar o Chega e a legitimá-lo. Parece que sou uma pessoa horrível por causa disso. Vamos então analisar as acusações. Legitimá-lo? Inocente. O culpado é o Tribunal Constitucional – chateiem-no a ele. Normalizá-lo? Culpado. É um facto: tenho-me esforçado por normalizar o Chega e aconselho toda a gente a experimentar. Porque sou racista, xenófobo e fascista? Não creio. Antes porque, ao contrário de muitos dos meus concidadãos, não confundo a actividade política com a lista de convidados para a minha festa de aniversário. Não preciso de gostar de André Ventura para defender os seus direitos políticos. Basta que o Chega cumpra dois requisitos básicos: abster-se do recurso à violência e respeitar o processo democrático.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Ler 240 comentários