Mais ansiosos e tristes. O que é que a pandemia fez à saúde mental dos mais novos?

Sofia desenvolveu uma perturbação do comportamento alimentar durante a pandemia. Bernardo já sofria de depressão antes, mas 2020 foi mais difícil: representou várias tentativas de suicídio. T. tem apenas nove anos, mas o confinamento agravou a ansiedade. Médicos notam aumento da procura dos serviços de saúde mental, mas, por enquanto, afastam um cenário catastrófico. Ainda é cedo para avaliar.

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Matilde Fieschi

Sofia não põe todas as culpas na pandemia. O que lhe aconteceu poderia ter acontecido noutra altura. Mas se os ginásios não estivessem fechados durante o primeiro confinamento, talvez não tivesse começado a treinar sozinha. Talvez alguém tivesse visto o que lhe estava a acontecer e a tivesse alertado. Talvez não pensasse o dia todo em comida, se comeu mais do que devia, no quanto terá de treinar a seguir. “Mas podia acontecer na mesma. Porque eu seguia as mesmas pessoas nas redes sociais, via as mesmas dietas, podia ter os mesmos pensamentos”, conclui a estudante de 16 anos.

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