Activistas climáticos colam-se a auto-estradas alemãs

Activistas climáticos participaram nesta segunda-feira em bloqueios de auto-estradas de Berlim e de Freiburg.

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Polícias arrastam activistas climáticos do grupo Last Generation Reuters/CHRISTIAN MANG

Quinze activistas climáticos colaram-se ao asfalto de auto-estradas na Alemanha, causando congestionamentos de trânsito na hora de ponta desta segunda-feira, em mais um protesto para exigir uma lei contra o desperdício alimentar e cortes em emissões de gás de efeito estufa provenientes da agricultura.

Um total de 252 manifestantes têm participado numa série de bloqueios de estrada ao longo das duas últimas semanas, 69 deles unindo-se ao asfalto para ser mais difícil removê-los, de acordo com o grupo de activistas climáticos alemão Last Generation.

Um vídeo da Reuters, captado esta segunda-feira, mostra motoristas frustrados presos na auto-estrada A100 da capital de Berlim a saírem dos seus carros e a arrastarem alguns dos activistas fora do seu caminho pelos capuzes e mochilas.

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Um total de 42 activistas fez parte dos bloqueios das auto-estradas em Berlim e na cidade do sudoeste de Freiburg na segunda-feira, segundo o Last Generation.

A polícia de Freiburg lançou investigações contra 11 pessoas e a polícia de Berlim estava a verificar as identidades dos activistas e se poderiam ser colocados sob custódia.

Os activistas, que na semana passada puseram comida que tinha sido deitada fora na auto-estrada A100, bloquearam estradas e auto-estradas em Berlim, Hamburgo e Estugarda em vários momentos.

Uma porta-voz da polícia de Freiburg afirmou que não poderia dizer imediatamente quantas pessoas tinham sido detidas desde o início dos protestos. O site do Last Generation disse que 50 pessoas estavam sob custódia em várias cidades alemãs no final do dia na sexta-feira.

“Ao planear atingir neutralidade climática até 2045, o Governo alemão está a quebrar a sua obrigação constitucional de proteger as nossas vidas”, afirmou a activista Carla Hinrichs, porta-voz do grupo, num comunicado.

“Até 2030, iremos exceder 1,5 graus (subida média em temperaturas globais). O Governo não só está a quebrar a lei internacional mas também a cometer uma crime contra a humanidade ao deliberadamente direccionar para um mundo mais quente em 2, 3, 4 graus, com mil milhões a morrer de fome”, disse Hinrichs.

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