Suplementos de colagénio: protectores da pele e articulações ou “mito comestível”?

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Depois das dietas da moda, iniciamos uma nova série no podcast Vitamina P: suplementos alimentares. Neste primeiro episódio, falamos sobre colagénio.

O colagénio é a proteína mais abundante no corpo humano — faz parte dos ossos, músculos, pele, tendões e até dentes —, mas também é um suplemento muito popular nas prateleiras dos supermercados. Apesar de o corpo ser capaz de produzir esta proteína (colagénio endógeno), há muita procura por colagénio exógeno que, como o nome indica, é obtido de fontes externas como os suplementos.

Seja em pó ou cápsulas, os suplementos de colagénio prometem promover a produção de colagénio endógeno, melhorando a elasticidade da pele, fortalecendo as articulações e reduzindo dores. Será mesmo assim?

Neste episódio do Vitamina P, tiramos todas as dúvidas com o nutricionista António Pedro Mendes, membro do conselho geral da Ordem dos Nutricionistas.

“Consultar vendedores de suplementos não é uma prática muito interessante porque efectivamente estão a puxar a brasa à sua sardinha”, acautela o especialista, que fala de estudos feitos sobre colagénio, da sua relação com a vitamina C e do motivo de ser particularmente popular entre atletas. “Em boa verdade, nós não temos necessidades diárias de colagénio definidas porque também não precisamos de o ingerir”, explica. “Em atletas que estão eventualmente a recuperar de uma lesão articular, aquilo que nós podemos pensar é que suplementar com colagénio leva a uma maior síntese endógena de colagénio e há trabalhos a mostrar isso.”

Nesses casos a alimentação não chega? “Do ponto de vista de saúde, ambiental e sustentabilidade a longo prazo, não me parece muito útil”, adianta o especialista que também nos fala da relação da suplementação de colagénio com o meio ambiente. “O colagénio obtém-se através da fervura de ossos, tendões, articulação, pele dos animais”, lembra.

Há ainda tempo para falar dos efeitos destes suplementos na elasticidade da pele, da diferença entre colagénio hidrolisado e não hidrolisado, e de rótulos com alegações nutricionais que devem suscitar desconfiança.

A fechar o episódio, olhamos para um estudo recente que diz que acrescentar dez minutos de actividade física a um dia-a-dia sedentário pode promover a longevidade. Como é que se chegou a estes números?

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