Covid-19. Vacina da Pfizer para menores de cinco anos poderá estar disponível em Fevereiro

Consórcio Pfizer-BioNTech avançou que, apesar de os resultados dos ensaios clínicos não terem sido tão bons quanto o esperado, já iniciou o envio dos dados para a Food and Drug Administration (FDA) dos EUA no sentido de responder a uma necessidade urgente de saúde pública nesta faixa etária.

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Vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos na Roménia EPA/ROBERT GHEMENT

A vacina contra a covid-19 para crianças com menos de cinco anos da Pfizer e da BioNtech poderá estar disponível no final de Fevereiro, segundo o The Washington Post, depois de as empresas avançarem que já começaram a enviar dados ao regulador do medicamento dos EUA para tentar obter uma autorização de uso de emergência.

As empresas disseram que, apesar de os resultados dos ensaios clínicos não terem sido tão bons quanto o esperado, já iniciaram o envio dos dados depois uma solicitação da Food and Drug Administration (FDA) dos EUA para responder a uma necessidade urgente de saúde pública nesta faixa etária.

As empresas farmacêuticas pediram à FDA para aprovar a injecção num regime de duas doses. No entanto, o presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla, disse em comunicado que a empresa acredita que três doses da vacina serão necessárias “para alcançar altos níveis de protecção contra variantes actuais e potenciais estirpes futuras”. “Se este regime de duas doses for autorizado, os pais terão a oportunidade de iniciar o esquema de vacinação com os filhos enquanto aguardam pela autorização de uma terceira dose”, disse Bourla.

A Pfizer e a BioNTech esperam terminar o envio de dados para um regime de duas doses nos próximos dias, e os dados sobre uma terceira seguirão depois. As empresas estão a testar uma dose de 3 microgramas da vacina nas crianças abaixo dos 5 anos, em comparação com uma dose de 10 microgramas que foi administrada às crianças dos 5 aos 11 anos e com a dose de 30 microgramas que foi dada a pessoas com 12 anos ou mais.

Em Dezembro, a Pfizer disse que estava a alterar alguns parâmetros do ensaio clínico para testar uma versão de três doses da vacina, uma vez que a dose mais baixa gerou uma resposta imunitária em crianças de 2 a 4 anos que foi inferior à resposta registada em pessoas dos 16 aos 25 anos. Em crianças dos 6 aos 24 meses, a vacina gerou uma resposta imunitária em linha com a que tinha sido registada na faixa etária dos 16 aos 25 anos.

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