Covid-19 em Portugal: 41 mortes e 65.706 casos, novo máximo diário. Internamentos descem

Só nos primeiros 26 dias de Janeiro houve mais casos de infecção do que durante todo o ano de 2021 – e, desde o início de 2022, morreram 789 pessoas de covid-19. Portugal é o 14.º país da União Europeia com mais mortes diárias de covid-19 por cada milhão de habitantes.

Portugal registou mais 41 mortes por covid-19 e 65.706 novos casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 – um novo máximo diário. Só nos últimos dois dias foram registados 131.284 novos casos. Já os internamentos baixaram: são agora 2249 pessoas internadas com covid-19 (menos 64 do que na véspera) e 147 em unidades de cuidados intensivos (menos sete do que no dia anterior).

Os dados foram divulgados esta quinta-feira pela Direcção-Geral da Saúde (DGS) e são referentes à totalidade de ocorrências (mortes, internamentos, infecções e recuperações) registadas na quarta-feira.

Portugal tem agora mais de meio milhão de pessoas com a infecção activa (558.129 pessoas infectadas) e outro meio milhão de contactos em vigilância (573.235), o que significa que há mais de um milhão de portugueses em isolamento. No último dia, houve 23.498 pessoas que recuperaram da infecção.

Só nos primeiros 27 dias de Janeiro deste ano morreram 789 pessoas de covid-19. Ainda que o número nos primeiros 27 dias de Janeiro de 2021, quando ainda havia poucas pessoas vacinadas, fosse muito maior (4399), os especialistas realçam que um maior número de infecções leva a mais mortes e mais internamentos nos dias e semanas seguintes, mesmo que esse impacto seja amortecido pela vacinação.

Segundo os dados do Our World in Data, Portugal é o 14.º país da União Europeia com mais mortes diárias de covid-19 por cada milhão de habitantes. Nos últimos sete dias, o país registou uma média de 4,07 mortes por cada milhão de habitantes. Em primeiro lugar está a Croácia (com 10.81 mortes por milhão de habitantes) seguida pela Bulgária, Grécia, Eslováquia, Malta, Eslovénia, Itália, Hungria, Chipre, Lituánia, Letónia, Polónia, França e Portugal. O último relatório de monitorização das “linhas vermelhas” elaborado pela DGS e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), divulgado na última sexta-feira, dia 21, indicava que a mortalidade por covid-19 em Portugal aumentou 47% naquela semana.

Das 41 pessoas que morreram por causa da covid-19 no último dia, uma delas era um homem com idade entre os 30 e os 39 anos. Morreram ainda sete pessoas com idades entre os 60 e os 69 anos, dez com idades entre os 70 e 79 anos e a maior parte, 23 pessoas, tinham 80 ou mais anos. No total, morreram 19.744 pessoas em Portugal com covid-19 desde o início da pandemia.

Cada vez mais infecções

O anterior número mais alto de infecções em Portugal tinha sido anunciado na quarta-feira: foram 65.578 novos casos (e 44 mortes por covid-19) – o que significa que só nos primeiros 26 dias de Janeiro de 2022 foram registados tantos casos como em todo o ano de 2021. De 1 a 26 de Janeiro de 2022, houve 988.172 casos acumulados em Portugal; durante os 365 dias de 2021, foram ainda menos: 975.968 casos.

A maior parte dos novos casos divulgados esta quinta-feira foi registada na região do Norte do país: foram 27.594 casos e 15 mortes. Segue-se a região de Lisboa e Vale do Tejo, com 18.590 casos e 17 mortes. A região do centro registou 11.430 novos casos e quatro mortes; o Algarve tem 2883 infecções e duas mortes; o Alentejo contabilizou 2713 novas infecções e três mortes por covid-19. Nos Açores, houve 1552 casos e nenhuma morte; na Madeira, foram 944 casos de infecção e zero mortes por covid-19.

Portugal é, neste momento, o quinto país europeu com mais casos de infecção por cada milhão de habitantes. Nos últimos sete dias, Portugal registou uma média de 5263,7 casos de infecção pelo coronavírus SARS-CoV-2 por cada milhão de habitantes. Apesar do elevado número de infecções, Portugal é o país com a maior percentagem de população completamente vacinada (90,4%) – o que ajuda a estabilizar o número de internamentos em unidades de cuidados intensivos.

Na última actualização da matriz de risco – que cruza os dados da incidência e da transmissibilidade da covid-19 em Portugal –, tinha havido uma subida dos dois indicadores, agravando a situação epidemiológica do país no quadrante mais escuro.

A actualização feita na quarta-feira pela DGS mostra que o índice de transmissibilidade do vírus — designado por R(t) — subiu para 1,17 a nível nacional e para 1,18 no continente. O R(t) corresponde ao número de pessoas que são, em teoria, contagiadas por alguém com a infecção activa.

Já a incidência da doença também subiu para 5728,4 a nível nacional e 5683,5 casos de infecção por cada 100 mil habitantes em território continental. A incidência corresponde ao número de pessoas infectadas com o coronavírus SARS-CoV-2 (que causa a doença covid-19) por cada 100 mil habitantes. Estes indicadores habitualmente são actualizados às segundas, quartas e sextas-feiras.

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