Um brinde à sua saúde mental!

Depositamos grandes expectativas no novo ano porque queremos acreditar que tudo será melhor e isso não é mau, mas temos de aceitar que algumas coisas não serão como queremos e, sobretudo, fazer a nossa parte.

Foto
@PETERCALHEIROS

Muitos de nós gostaríamos que a velha frase “ano novo vida nova” tivesse a capacidade de fazer magia e que, ao entrar 2022, todos os problemas e dificuldades se apagassem, e só ficassem as coisas boas, alegria e pompons cor-de-rosa. Porém, desejar que os problemas se apaguem e criar expectativas de que tudo vai ser diferente por si só, é um convite à frustração.

Não vale a pena comer passas em excesso ou beber para esquecer porque sem ações concretas nada vai mudar. Isto vale tanto para as relações amorosas e de amizade, como para o trabalho e para outros temas da vida.

Depositamos grandes expectativas no novo ano porque queremos acreditar que tudo será melhor e isso não é mau, mas temos de aceitar que algumas coisas não serão como queremos e, sobretudo, fazer a nossa parte. Manter o autocuidado, tomando conta da sua saúde física e mental são aspectos importantes que devem ser considerados. Mas, se no fim de cada ano gosta de definir metas para o próximo, deixo aqui algumas sugestões e alguns tópicos de reflexão que espero úteis.

Foto
@PETERCALHEIROS

Os últimos dois anos estão a ser exigentes e difíceis, então aproveite esta altura do ano para refletir sobre as conquistas e as coisas menos boas que aconteceram no ano que passou. Reconheça o seu papel naquilo que alcançou e tente lembrar-se do que fez para conseguir. Sobre o que correu menos bem, caso tenha sido por sua responsabilidade e magoou pessoas, peça desculpa e tente reparar o que for possível.

  • Festeje a vida e as pequenas ou grandes coisas de que está grato.
  • Perdoe quem acha que pode perdoar, por si e pela sua paz interior. O perdão é libertador.
  • 2022 se avizinha e ninguém é indiferente ao facto de ainda estarmos a ter de cumprir com as obrigações inerentes à pandemia. Assim o será por mais alguns meses, por isso, proteja a sua saúde física e mental. Cumpra os protocolos de entrada e saída dos locais que frequenta e não se deixe paralisar pelo medo ou pela tristeza. Já passámos por tanto e sabemos quais são as medidas de higiene e segurança que devemos usar.
  • A saúde mental de todos nós foi abalada nos últimos dois anos, por isso é importante resguardar-se, mas não isolar-se. Não fomos feitos para estar sozinhos. Contacte com a família e amigos, mesmo que seja por telefone ou através de vídeo.
  • Reflita sobre a exigência que se tem auto imposto e tente encontrar um equilíbrio que não prejudique ninguém.
  • Ser forte e corajoso não significa não sentir medo ou desânimo, mas sim, ser capaz de seguir em frente e não ceder às dificuldades apesar das adversidades.
  • Deixe de lado as confusões que nunca se vão resolver.
  • Não prometa a si próprio mudanças radicais que sabe que nunca vai cumprir. Planeie mudanças comedidas e o que precisa de fazer para as conseguir. Defina objetivos que sabe que é capaz de cumprir, divida-os em pequenos passos e só passe ao passo seguinte depois de finalizar o primeiro. Um dia de cada vez!
  • Pare de tentar agradar aos outros e colocar as suas necessidades em segundo plano.
  • Não ande atrás de quem não lhe dá valor.
  • Despeça-se das mágoas passadas e dos sonhos que não se realizaram. Siga em frente porque há novos sonhos para serem vividos.
  • Não guarde para si tudo o que sente, procure alguém da sua confiança para falar da sua dor.
  • Afaste-se de quem acha que realmente não lhe faz bem. Não é preciso ferir ninguém, apenas sair de cena.
  • Junte a família para ver fotografias de uma festa, do nascimento dos filhos, de uma viagem. Todos estes eventos têm um significado importante e devem ser passados para os mais novos.
  • Seja empático com a ansiedade, a dor ou medo das outras pessoas; cada um sabe o peso que consegue carregar; as nossas forças são diferentes e os nossos sentimentos também.
  • Pergunte a si próprio: O que quer para si nos próximos seis meses e no próximo ano? O que precisa para se sentir bem? Que necessidades pode satisfazer e como? Há um equilíbrio entre o que dá a si próprio e aos outros? O que precisa dos outros e como pode dizer-lhes?
  • Viva cada momento desfrutando do prazer que se tem de estar vivo, e acredite que dias melhores virão, mais cedo ou mais tarde.

Um abraço e que 2022 seja o ano do reencontro consigo mesmo.


A autora escreve segundo o Acordo Ortográfico de 1990

Sugerir correcção
Comentar