Legislativas: PCP diz que PS tem “desejo respeitável” de maioria absoluta

“Pode-se dizer [que] é um desejo respeitável, será, mas continuo a considerar que o importante era ter-se feito um caminho de aprofundamento dos passos que foram dados adiante neste período, nestes últimos anos”, defendeu Jerónimo de Sousa.

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Jerónimo de Sousa esteve esta segunda-feira na Associação Cultural Moinho da Juventude, na Amadora LUSA/TIAGO PETINGA

O secretário-geral do PCP considerou esta segunda-feira que António Costa e o PS têm um “desejo respeitável” de maioria absoluta e reiterou que só com soluções para os problemas será possível novo entendimento à esquerda. “Podíamos dizer um ditado popular ‘isto antes de o ser já o era’. Todo o desenho que o PS construiu resulta de uma opção, o PS quis eleições e não queria soluções. Houve ali um momento em que afinaram a estratégia, têm o seu direito, mas a verdade é que quer de facto as eleições”, afirmou Jerónimo de Sousa.

À margem de uma reunião com a Associação Cultural Moinho da Juventude, na Amadora (distrito de Lisboa), o líder comunista foi questionado sobre as palavras do primeiro-ministro, António Costa, que, em entrevista à CNN Portugal, pediu o voto de “metade mais um” dos eleitores que forem às urnas em 30 de Janeiro, sem recorrer ao termo “maioria absoluta”.

“Pode-se dizer [que] é um desejo respeitável, será, mas continuo a considerar que o importante era ter-se feito um caminho de aprofundamento dos passos que foram dados adiante neste período, nestes últimos anos”, defendeu Jerónimo de Sousa, assinalando que o PCP preferia “o caminho das soluções”.

O secretário-geral do PCP salientou que os comunistas defendem “a convergência de forças que estejam interessadas em resolver os problemas nacionais, defender a democracia, defender o nosso país”. “É possível ou não encontrar aqui convergências para bem do país, por bem do nosso povo? Nós pensamos que essa convergência é possível, mas tem a ver com os conteúdos, do que é que se quer dessa convergência”, ressalvou, assinalando que o importante é “resolver os problemas” do país.

Por isso, rejeitou “um assinar de cruz”, assinalando que é necessário ter em conta a “substância” e os “conteúdos” para um possível entendimento após as eleições legislativas de Janeiro.

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