Rogério Samora de volta ao Amadora-Sintra. “Internado em Enfermaria, o prognóstico é reservado”, informa hospital

O actor está em coma há 147 dias, depois de ter sofrido uma paragem cardiorrespiratória.

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Rogério Samora com Alexandra Lencastre durante as filmagens de O Delfim (2001), de Fernando Lopes Fernando Veludo (Arquivo)

O actor Rogério Samora regressou esta semana ao Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra​), revelou o Jornal de Notícias e confirmou o PÚBLICO junto de fonte hospitalar. De acordo com o gabinete de comunicação daquela unidade de saúde, Samora encontra-se “internado em Enfermaria e o seu prognóstico é reservado”, não adiantando o motivo pelo qual o actor, que estava desde Setembro numa unidade da rede de cuidados continuados,​ foi admitido.

No entanto, o primo do artista, o chef Carlos Samora, explicou ao PÚBLICO que o Rogério [Samora] teve um pico de febre persistente​” e que, por esse motivo, “foi de urgência para o Hospital de Torres Vedras e daí foi transferido para o Amadora-Sintra​ onde se encontra em observação”, ressalvando que está estável”.

Rogério Samora, que completou 63 anos em Outubro, sofreu uma paragem cardiorrespiratória, no dia 20 de Julho, quando se encontrava nas gravações da novela Amor, Amor, transmitida pela SIC e na qual interpretava o papel de Cajó (personagem que desapareceu a seguir a um acidente de viação em que estava a ser perseguido pela polícia).

Apesar de a actividade cerebral se manter (assim como a esperança dos familiares, amigos e fãs de que a situação se reverta), Samora não voltou a acordar após o incidente. Ou seja, a alta dos cuidados intensivos, que na altura alguns interpretaram como um sinal de melhoria, deveu-se exclusivamente ao facto de se terem “esgotado os recursos médicos e hospitalares”. De acordo com o o gabinete de comunicação do Amadora-Sintra, em declarações ao PÚBLICO​, a nível médico, não havia, na altura, qualquer solução, mantendo-se “o prognóstico reservado”, o que não significa que o actor não possa vir a acordar, o que, sendo improvável, não seria uma situação inédita.

O que fazer numa PCR?

Uma paragem cardiorrespiratória (PCR) é um acontecimento súbito e consiste na interrupção ou falência repentina das funções cardíaca e respiratória. Em consequência, a pessoa fica inconsciente e deixa de respirar normalmente (ou na totalidade).

Sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo, a aplicação imediata de manobras de suporte básico de vida (SBV) aumenta, segundo informações veiculadas pelo SNS24, substancialmente a probabilidade de sobrevivência. As manobras de SBV consistem essencialmente em duas acções: compressões torácicas e ventilações.

De acordo com o SNS24, as manobras deverão começar por se deitar a vítima de costas no chão ou sobre uma superfície rígida. De seguida, deve-se colocar as mãos sobrepostas com os dedos entrelaçados no meio do peito. “Com os braços esticados e perpendiculares ao corpo da vítima, pressione o peito, fazendo com que este baixe visivelmente e alivie.” Este movimento deve ser repetido 30 vezes, a um ritmo de 100 a 120 por minuto.

Entre cada 30 compressões, deve ser efectuada a ventilação através da boca. “Encha os pulmões de ar e expire para a boca da vítima, tapando-lhe o nariz com os seus dedos e isolando os lábios da vítima com a própria boca, para que não exista fuga do ar”, explica o SNS24. Estas manobras não devem ser interrompidas até à chegada da ajuda médica.

No caso de bebés, o SNS24 faz a ressalva que se deve adaptar as compressões ao tamanho da criança: até ao ano, deverão ser efectuadas com apenas dois dedos; até aos oito anos, usar apenas uma mão, deprimindo até 1/3 da altura do tórax. Também na ventilação, deve ser usada somente a quantidade de ar necessária para expandir eficazmente o tórax.

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