Covid-19. Presidente da República diz não ver razões para país estar numa situação diferente da actual no Natal

Marcelo considerou que, com a vacinação, se está a caminhar para “o enfraquecimento da pandemia”, mas avisou que “esse caminho” tem de ser feito “com bom senso, sem dramatização e com o mínimo de prevenção”. E acredita que existirá uma “adesão progressiva” à vacinação das crianças.

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Reuters/PEDRO NUNES

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, disse esta sexta-feira não ver razões para o país estar numa situação diferente da actual no Natal, considerando que com a vacinação se está a caminhar para “o enfraquecimento da pandemia”.

“Não vejo razões para daqui a 15 dias estarmos numa situação que não seja a lógica da continuação da situação que vivemos hoje. Portanto, diria que estamos a caminhar progressivamente, até por causa da vacinação, para o enfraquecimento da pandemia”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, questionado pelos jornalistas sobre se os portugueses poderiam este ano ter um Natal mais tranquilo.

À margem da reunião do Conselho de Fundadores da Fundação de Serralves, no Porto, o Presidente da República disse, no entanto, que “esse caminho” tem de ser feito “com bom senso, sem dramatização e com o mínimo de prevenção”.

Já quanto ao aumento da incidência em algumas regiões do país, o chefe de Estado salientou que “nunca se testou o que se testa” actualmente, seja para espectáculos, eventos, encontros familiares ou no dia-a-dia.

“Não tem comparação com o que se testava há um ano. Testa-se muitas vezes mais e de repente a diferença de positivos é insignificante, estava em três mil, quatro mil casos [positivos à covid-19] para milhares, milhares, milhares de testes”, observou.

Sobre a variante Ómicron, Marcelo Rebelo de Sousa salientou que a situação tem de ser encarada “com cabeça fria”. “Isto é, atentos, prevenindo, mas sem dramatizações. Sobe a incidência, mas não sobe a mortalidade”.

O Presidente da República disse ainda esperar que os pais que “sejam sensíveis” aos argumentos do especialistas no que toca à vacinação das crianças entre os 5 e os 11 anos contra a covid-19. Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que os pais devem querer estar informados sobre esta questão, mas realçou que Portugal “é um pais livre” e que “a vacinação não é obrigatória”. E defendeu que os pais devem olhar para a situação “das escolas” e “das suas famílias” e tomar uma decisão.

“Os pais podem decidir, e espero que sejam sensíveis aos argumentos dos especialistas, mas que decidam livremente em consciência. Quando foi com os adolescentes dos 12 aos 17 anos havia muitas dúvidas e num primeiro momento houve resistência, interrogações e dúvidas e depois houve uma adesão progressiva. Tenho a sensação do que vai acontecer aqui”, disse, sublinhando que, ao contrário de outros países, o tema da obrigação da vacinação não é um tema em discussão.

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