Despejar mães que ocupam casas? Ganhem vergonha

A política de habitação, além de minimalista, tem sido concentrada no apoio à aquisição de casa própria. O que deixa de fora as margens mais pobres da população.

A habitação é o parente pobre do Estado social. De acordo com o Eurostat, os países da União Europeia gastavam em média, em 2019, 0,6% em habitação e políticas relacionadas (o que inclui, por exemplo, iluminação pública e abastecimento de água). Mesmo os países da UE que mais gastam não ultrapassam os 2% (Croácia), 1,6% (Chipre) ou pouco mais de 1% (Bulgária, França e Roménia). Estas comparações são imperfeitas porque as políticas de habitação são muito diversas. Se um país tiver muita habitação pública, tem de gastar menos regularmente, mas há momentos de investimento substancial em construção e manutenção. Na OCDE, o alojamento social representa em média 7% do parque habitacional, uma percentagem que chega a 17% no Reino Unido e a 14% em França. Em comparação, uma maior prevalência de rendas subsidiadas dá origem a uma maior despesa anual.

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