Marcelo regressa à Autoreuropa com Costa e mostra a “previsibilidade da vida portuguesa”

O Presidente da República elogiou a resistência dos trabalhadores da Autoeuropa e do diálogo entre Portugal e a Alemanha.

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António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa regressaram à Autoeuropa LUSA/RUI MINDERICO/LUSA

No discurso de encerramento da cerimónia dos 30 anos da Autoeuropa em Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa elogiou a resistência e assinalou a previsibilidade do país. “Um ano e uns meses depois”, o Presidente da República regressou, juntamente com o primeiro-ministro, ao local onde em Maio de 2020 se quebrou pela primeira vez o tabu da sua recandidatura, com António Costa a “prever” que nesta visita a dupla de protagonistas políticos se iria repetir, concretizando a profecia. Em plena mudança de direcção da Autoeuropa, Miguel Sanches, que terminará funções e que dará lugar a Thomas Gunther,  com um país a caminho de eleições antecipadas, Marcelo quis sublinhar a “previsibilidade da vida portuguesa”. A única coisa que ficou por cumprir, ironizou, foi um prometido almoço.

"Os trabalhadores foram e serão excepcionais, ultrapassando perspectivas ideológicas e doutrinárias, a coesão social para ultrapassar as dificuldades, em qualquer altura”, elogiou.

Marcelo Rebelo de Sousa começou por recordar a visita de 2020, numa fase “de transição entre vagas pandémicas”, notando que os trabalhadores da fábrica de Palmela deram um exemplo para todo o mundo, não tendo parado a sua produção. Marcelo voltou atrás no tempo e recordou o papel do Governo do então primeiro-ministro português Aníbal Cavaco Silva e do chanceler alemão Helmut Kohl, no lançamento da fábrica em Portugal e na importância que a Autoeuropa teria nas relações próximas entre Portugal e Alemanha.

Numa fase de transição interna, Marcelo sublinhou que a Volkswagen, o Governo, as autarquias locais e acima de tudo, a família Autoeuropa “prometeram e cumpriram”, elogiando o diálogo entre as duas partes. Explicando algumas das razões pelas quais a família Autoeuropa foi capaz de se manter a funcionar durante todo este período atribulado, Marcelo indicou que “fomos capazes de fazer bem feito”, não só no arranque, mas nos anos seguintes. “É possível criar aqui e não apenas reproduzir”, afirmou.

O chefe de Estado elogiou a “lealdade recíproca e relação muito profunda que não verga, que não tem hesitações, que não muda, é que é para ficar”, e não para desinvestir e fazer igual. “É para ficar, liderando o futuro”, afirmou, assegurando que “a Volkswagen quer que na liderança do projecto esteja a Autoeuropa”. Marcelo pediu “novas energias, mais investimento tecnológico e científico, transição energética e digital”. “Não queremos estar na parte de trás daqueles que querem avançar para o futuro, que enfrentam o futuro junto da Alemanha e da Autoeuropa”, acrescentou.

“O diálogo entre todos ultrapassou todas as capacidades, no último dia, segundo, semana, ultrapassou todos os pontos de vista de qualquer, afirmou-se como mais importante do que qualquer ponto de vista diverso de uma sociedade aberta”, concluiu.

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