Alemães estarão “vacinados, curados ou mortos” até ao final do Inverno, diz ministro da Saúde

Jens Spahn apelou mais uma vez aos alemães que se vacinem “com urgência”, face à explosão de casos de covid-19. Taxa de vacinação na Alemanha é das mais baixas da Europa ocidental.

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A '2G' rule sign, allowing only those vaccinated or recovered from the coronavirus disease (COVID-19) to enter indoor areas, is displayed at a window of a restaurant in Marburg, Germany, November 17, 2021. REUTERS/Fabian Bimmer FABIAN BIMMER/Reuters
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Centro de vacinação em Berlim FABRIZIO BENSCH/Reuters
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Controlo de certificados de vacinação à entrada de um restaurante, em Berlim FILIP SINGER/EAP

O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, alertou nesta segunda-feira para que até ao final deste inverno os alemães estarão “vacinados, curados ou mortos”, tendo em conta o actual aumento de infecções provocadas pelo novo coronavírus no país.

“Provavelmente, até ao final do Inverno, como às vezes se diz cinicamente, todos ou quase todos estarão vacinados, curados ou mortos” devido à propagação da variante Delta do novo coronavírus, que é “muito, muito contagiosa”, declarou o ministro alemão.

Jens Spahn apelou mais uma vez aos alemães que se vacinem “com urgência”, face à explosão de casos do SARS-CoV-2 nas últimas semanas no país.

A Alemanha, especialmente as regiões sul e leste, foi duramente atingida por uma nova onda de infecções, que os investigadores e políticos atribuem, em particular, a uma taxa de vacinação (68%) das mais baixas da Europa ocidental.

Diante do ressurgimento do vírus, que já matou mais de 99 mil pessoas no país desde o início da pandemia, a chanceler alemã cessante, Angela Merkel, e o seu provável sucessor, Olaf Scholz, decidiram na quinta-feira endurecer as restrições para os não vacinados, mas excluíram a vacinação obrigatória para toda a população.

"Actualmente, temos uma quarta onda, temos uma situação muito, muito difícil em muitos hospitais na Alemanha”, disse Spahn numa conferência de imprensa.

“Estamos a ver essa onda a espalhar-se gradualmente para o oeste”, acrescentou o ministro. As unidades de cuidados intensivos dos hospitais estão a chegar a um ponto de saturação, principalmente por falta de pessoal.

Nos últimos dias, a Alemanha tem registado números sem precedentes de infecções, ultrapassando o limite de 65.000 contágios diários na semana passada. Nesta segunda-feira, a taxa de incidência a sete dias bateu o recorde de 386,5 infecções por 100 mil habitantes.

Angela Merkel, que está prestes a deixar o poder, lamentou esta quarta onda “altamente dramática”, enquanto os líderes alemães pretendem uma limitação drástica da vida social dos não vacinados.

A covid-19 provocou pelo menos 5.144.573 mortes em todo o mundo, entre mais de 256,54 milhões de infecções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e actualmente com variantes identificadas em vários países.

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