O professor de teatro de Pedro Gil oprime para salvar

Uma comédia desesperada em que O Inesquecível Professor recebe os seus derradeiros alunos e tenta levá-los a desistir. Até 20 de Novembro no D. Maria II, seguindo depois para Portalegre, Cartaxo e Bragança.

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Cabe a António Fonseca ser o Professor, a referência na peça de Pedro Gil, um homem que acreditou que Abril faria da “conquista da liberdade uma democracia fraterna” Filipe Ferreira
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Pedro Gil aponta para o quanto a reputação romantizada de um bom professor incide, tantas vezes, na ideia de levar os seus alunos ao limite Filipe Ferreira

É o primeiro dia do último ano da sua carreira docente. O professor, o mestre, tido como absoluta referência no ensino do teatro em Portugal, chega à sala antes dos seus derradeiros alunos e sabe que não irá acolhê-los com o seu discurso habitual. À beira da reforma, tomado pela amargura e pelo desencanto, toma como pessoal um desafio diferente. Em vez de procurar inspirar e instigar nos seus “discípulos” uma paixão pelo teatro que possa impulsionar os seus primeiros anos nos palcos – nalguns casos, quem sabe, uma vida inteira de compromisso com o teatro enquanto potencial de transformação social –, assume o objectivo de tentar que cada um deles desista de cometer esse erro. Se tudo correr bem, portanto, todos eles acabarão por desistir e cancelar a sua matrícula até ao final do ano lectivo, acompanhando-o na sua saída de cena.

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