Braceletes de diamantes da rainha Maria Antonieta ultrapassaram os sete milhões de euros

As jóias de diamantes foram adquiridas, no leilão que decorreu em Genebra, por mais de o dobro do máximo estimado.

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As duas braceletes somam um total de 112 diamantes DR

Um par de braceletes de diamantes de Maria Antonieta, rainha consorte de Luís XVI de França,​ foi vendido em leilão, nesta terça-feira, em Genebra, por 7,46 milhões de francos suíços (mais de sete milhões de euros), muito acima da estimativa de pré-venda, comunicou a casa de leilões Christie’s.

O director internacional de jóias da Christie’s, Rahul Kadakia, foi quem conduziu o leilão, mas a identidade do comprador, que licitou por telefone, não foi revelada. O preço do martelo foi de 6,2 milhões de francos suíços (5,8 milhões de euros), mas com comissão o preço final acabou por ser de 7,46 milhões de francos suíços, disse a porta-voz da leiloeira, citada pela Reuters, Alexandra Kindermann.

As duas braceletes, apresentadas numa caixa de veludo azul com a inscrição “Pulseiras da Rainha Maria Antonieta”, são compostas cada uma por três correntes de diamantes e um grande fecho em gancho, com um total de 112 pedras.

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Maria Antonieta enviou várias cartas da prisão nas Tuileries, em Paris, sendo que numa dela informava que uma arca de madeira com jóias seria enviada para fora do país. Depois, foi morta pela guilhotina. A filha, Marie Therese, recebeu as jóias quando chegou à Áustria, relatou a casa de leilões, tendo as pulseiras permanecido com a mesma família real europeia nos últimos 200 anos: Marie Therese (1778-1851) usou as pulseiras e, sem descendentes, passou-as à sobrinha, Louise Marie Thérèse d'Artois (1819-1864), princesa real de França e duquesa de Parma, que deixaria ao filho Robert I (1848-1907), o último duque reinante de Parma.

O leilão das jóias foi, assim que anunciado, motivo para várias especulações, e a estimativa era de que fosse conseguido um bom valor. No entanto, os sete milhões de euros representam mais de o dobro do máximo estimado. Nada que seja, efectivamente, uma surpresa, já que, como explicou Max Fawcett, chefe do departamento de joalharia da Christie’s em Genebra, citado pela Reuters, “pelos resultados das coisas de Maria Antonieta que já foram vendidas, realmente não há limite”.

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Já as jóias da norte-americana Wallis Simpson, duquesa de Windsor (uma pulseira Art Déco, incrustada de diamantes e com duas terminações com dois rubis ladeados por mais diamantes), não conseguiram encontrar um novo dono. O objecto tinha sido encomendado à Cartier pelo duque de Windsor, que abdicou do trono britânico para poder casar com uma mulher divorciada, e foi oferecido pelo primeiro aniversário de casamento, em 1938.

Esta quarta-feira, dia 10, há mais joalharia real, desta feita pela Sotheby’s, que irá leiloar jóias dos czares, contrabandeadas para fora do país durante a Revolução Russa de 1917, juntamente com diamantes de cores raras.

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