Custo de construção nova de habitação aumentou 7,1% em Setembro

Preço dos materiais e o custo da mão-de-obra apresentaram crescimentos homólogos de 8,9% e de 4,6%, respectivamente, face ao período homólogo.

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Rui Gaudencio

A variação homóloga estimada do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) foi de 7,1% em Setembro, superior em 0,4 pontos percentuais face à observada em Agosto, revelou esta terça-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este índice está em forte subida desde Janeiro do corrente ano, com apenas uma quebra ligeira em Julho.

No mês em análise, os preços dos materiais aceleraram para 8,9% (8,7% no mês anterior) e o custo da mão-de-obra aumentou 4,6% (4,0% em Agosto). Para o ICCHN, o custo com mão-de-obra contribuiu com dois pontos percentuais para a formação da taxa de variação homóloga, enquanto os materiais foram responsáveis por 5,1 pontos percentuais.

O ICCHN é uma estatística derivada produzida pelo INE que tem como objectivo medir o custo de construção de edifícios residenciais em Portugal.

Em cadeia, a taxa de variação mensal do ICCHN foi de 0,1% em Setembro, com o custo dos materiais a diminuir 0,2% e o custo da mão-de-obra a aumentar 0,5%.

O preço da habitação tem crescido na Europa, mas em Portugal, na comparação entre o segundo trimestre de 2021 com o primeiro de 2010, o custo da habitação aumentou a um ritmo mais acelerado do que a média europeia, nomeadamente com subidas de 51% nas vendas e de 23% nas rendas.

“São valores muito elevados para registar em apenas uma década”, comenta, em declarações prestadas ao PÚBLICO, Gonçalo Antunes, investigador do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa (CICS NOVA) e especialista em políticas de habitação e geografia urbana.

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