Um momento de publicação independente: Bala

Fanzines, edições de autor, livros de artista — nesta rubrica queremos falar de publicação independente. Sara Franco apresenta BALA.

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Apresenta-nos a tua publicação.
O meu fanzine chama-se BALA e são textos meus acompanhados de algumas imagens que começaram por ser exercícios de mancha e que acabaram por ganhar vida própria. É o meu segundo fanzine a título individual. O ano passado fiz também um split com o João Saboga e com design e paginação do Raf Cruz. Infelizmente, não conseguimos fazer o lançamento, como desejávamos, devido às restrições impostas. Este tem design e paginação da Tânia Simões e vai ser lançado durante a inauguração da minha exposição homónima, dia 13 de Novembro, pelas 16h30, num bonito espaço criativo que abriu recentemente na Graça chamado Atelier da Graça e que fica na Rua do Vale de Santo António, 242A, em Lisboa. A exposição vai estar patente até dia 27.

Quem são os autores?
A autora dos textos e das imagens sou eu, Sara Franco. A paginação e o design são da Tânia Simões.

Do que quiseste falar?
Os meus textos são decalques e colagens de sonhos com frases soltas, histórias e recortes da vida. Na realidade não têm outra intenção que uma narrativa visual e sonora do ponto de vista plástico. No fundo gosto de pensar que são pinturas, uma vez que os construo segundo uma lógica muito idêntica, onde exponho as minhas ânsias e os meus pavores.

Questões técnicas: quais os materiais usados, quantas páginas tem, qual a tiragem e que cores foram utilizadas?
É uma tiragem de 100 exemplares tamanho A6, com capa a cores e interior a preto e branco. Tem 32 páginas.

Onde está à venda e qual o preço?
Estará à venda no dia 13 de Novembro, no Atelier da Graça, durante a inauguração da exposição e posteriormente através de contacto directo comigo via Facebook ou email. Tem o custo de 5 euros + portes.

Porquê fazer e lançar publicações hoje em dia?
Hoje em dia, há bastante facilidade em partilhar e divulgar qualquer tipo de trabalho criativo através da Internet mas perde-se também a relação de intimidade com o objecto em si e essa relação torna-se, de algum modo, superficial e dispersa. Acho que só por isso já vale a pena. Isso acontece também, presumo, com qualquer forma de arte.

Recomenda-nos uma edição de autor recente lançada em Portugal.
Tomei conhecimento, há pouco tempo, do fanzine artístico Ultra Violenta que reúne trabalho de diversos artistas a nível nacional e internacional com edições temáticas. A próxima sairá já em Novembro sob o tema Luxúria, em que vou também participar. Podem ver o maravilhoso trabalho deste colectivo aqui.

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