Sp. Braga goleia Ludogorets e assume comando do grupo

Minhotos dominaram desde o início, com absoluta naturalidade, e podem até decidir na Dinamarca a passagem aos oitavos-de-final da Liga Europa.

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Vitinha estreou-se a titular na Liga Europa LUSA/HUGO DELGADO

O Sp. Braga somou esta quinta-feira o terceiro triunfo consecutivo na Liga Europa ao vencer, por 4-2, os campeões búlgaros do Ludogorets, assumindo o comando do Grupo F, com nove pontos, mais dois que o Estrela Vermelha, podendo até confirmar na Dinamarca (se ganhar e o Estrela Vermelha não vencer) o acesso aos oitavos-de-final.

A equipa portuguesa voltou a derrotar o Ludogorets, depois do triunfo em Razgrad (0-1), exercendo domínio incontestável desde o início da partida, marcada pelos golos de Al Musrati (25'), Iuri Medeiros (37'), Galeno (40') e Mario González (73'), suficientes para silenciar os festejos búlgaros do 1-1, de Sotiriou (33') e do 4-2, por Plastun (79').

A superioridade minhota era evidente, mas o ataque precisou de tempo para calibrar a pontaria. Aos 25 minutos, o Ludogorets era finalmente apanhado na teia bracarense, tecida com movimentos precisos numa dinâmica colectiva a que o remate de raiva de Al Musrati e as mãos trémulas de Kahlina deram sentido.

O Sp. Braga era recompensado pelo empenho e pelo fluxo de ataques desenhados por Galeno, Ricardo Horta e Vitinha, em estreia a titular na Liga Europa. Galeno esteve a milímetros do golo e Horta deixou a bola a pingar duas vezes na barra antes de confirmar a superioridade com o golo do médio líbio.

Os búlgaros sentiam a pressão insuportável de 15 jogos sem uma vitória na Liga Europa, mas encontraram no centro da defesa minhota o tempo e espaço certos para explorar o mau posicionamento de Paulo Oliveira, chegando assim à igualdade na primeira oportunidade oito minutos depois do golo bracarense.

Mas a reacção da equipa portuguesa foi ainda mais rápida, com Ricardo Horta a romper a defesa adversária e a servir Iuri Medeiros. Tudo em meros quatro minutos.

O “fantasma” do Rosenborg, detentor do recorde de jogos (16) sem vencer na competição, regressava para assombrar o Ludogorets, que, volvidos três minutos, era obrigado a ir de novo ao fundo das redes para recuperar a bola disparada por Galeno, a elevar para 3-1 a vantagem minhota com que se chegou ao intervalo.

À equipa de Carlos Carvalhal faltava apenas que o Midtjylland perdesse em Belgrado, onde o Estrela Vermelha ficou reduzido a dez unidades aos 12 minutos, para garantir o acesso ao play-off. Caso contrário, como se confirmou, mesmo sem o apuramento fechado, o Sp. Braga assumiria o comando do Grupo F, objectivo, aliás, anunciado pelo treinador “arsenalista”.

Assim, no regresso das cabinas o Sp. Braga manteve o ritmo e a pressão em busca de um golo que afastasse qualquer tipo de discussão. Antes de ceder o lugar a Mario González, Vitinha teve 15 minutos para tentar marcar, mas na melhor oportunidade do jovem promovido da equipa B a bola saiu a rasar, com Kahlina a redimir-se do erro no primeiro golo.

Sem nada a perder, o Ludogorets espreitou o ataque e esteve, mesmo, na iminência de marcar, por Despodov (59’), valendo aos minhotos a intervenção de Matheus a evitar o pior numa altura em que os búlgaros mostravam a sua melhor versão.

Para Carlos Carvalhal, o falhanço do Ludogorets era o sinal claro de que chegara o momento de refrescar a equipa. Assim, à entrada dos 20 minutos finais, a sentença era anunciada com sotaque castelhano: Mario González estreava-se a marcar na Liga Europa e encerrava a questão, desmoralizando quase por completo a formação búlgara.

Antes de o pano cair sobre a “pedreira”, Plastun aproveitou um canto para cabecear e aplacar um pouco o sofrimento do Ludogorets, que acabou encostado às cordas com Kahlina a evitar números mais pesados.

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