Retomada circulação no Metro de Lisboa após greve parcial dos trabalhadores

Serviço foi retomado às 10h15. Na quinta-feira, 4 de Novembro, haverá uma greve de 24 horas no Metro de Lisboa.

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Miguel Manso

A circulação no Metropolitano de Lisboa foi retomada com normalidade por volta das 10h de terça-feira, depois de uma greve parcial de trabalhadores entre as 5h e as 9h30, disse à Lusa fonte da empresa. A adesão à greve parcial dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa foi “elevada” e levou ao encerramento de todas as estações, disse à Lusa Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans).

"À semelhança das greves da semana passada, a adesão é elevada. Está tudo parado, não há maquinistas. Não há circulação de comboios e as estações estão fechadas”, adiantou, de manhã. 

Os trabalhadores do Metro de Lisboa cumpriram nesta terça-feira uma nova greve parcial, entre as 5h e as 9h30 para a generalidade dos trabalhadores, e entre as 9h30 e as 12h30 para os administrativos, prevendo-se que o serviço seja retomado às 10h15.

Por causa da paralisação, a Carris, gerida pela Câmara Municipal de Lisboa, reforçou quatro das suas carreiras rodoviárias devido às duas greves do Metropolitano, agendadas para terça e quinta-feira.

“Devido à greve do Metro, vamos reforçar as carreiras seguintes: 726 no troço Pontinha Metro-Estefânia; 736 nos troços Senhor Roubado-Marquês de Pombal e Campo Grande-Cais do Sodré; 744 no troço Oriente-Restauradores; e 746 no troço Sete Rios-Marquês de Pombal”, informou a Carris na sexta-feira.

Segundo a empresa pública de transporte rodoviário de Lisboa, os reforços de carreiras vão ser assegurados nos dois dias de greve dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa.

Greve de 24 horas a 4 de Novembro

Para quinta-feira, está agendada uma greve de 24 horas para a generalidade dos trabalhadores, pelo que se “prevê que o serviço de transporte encerre a partir das 23h do dia 3 de Novembro [quarta-feira], e reabra às 6h30 de dia 5 de Novembro [sexta-feira]”.

“Caso sejam decretados os serviços mínimos com circulação de comboios, a empresa avaliará se terá condições operacionais para reabrir o serviço entre as 00h e as 1h de dia 5 de Novembro [sexta-feira]”, indicou o Metropolitano de Lisboa no sábado em comunicado.

Os sindicatos representativos dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa, E.P.E. apresentaram pré-avisos de greve para terça e quinta-feira, em protesto contra o congelamento salarial e exigindo o preenchimento imediato do quadro operacional e as progressões na carreira.

O Metropolitano de Lisboa disse na semana passada que está “receptivo à discussão das propostas apresentadas pelas entidades sindicais, sendo as mesmas objecto de negociação”.

Os trabalhadores do Metro cumpriram em 26 e 28 de Outubro duas greves parciais que, segundo a Fectrans, tiveram uma adesão elevada. Segundo a transportadora, no dia 26 a paralisação teve uma adesão de 42,62% e no dia 28 de 45,37%.

Na segunda-feira, os trabalhadores do Metro de Lisboa iniciaram uma greve às horas extraordinárias por dez dias renováveis, contra o congelamento salarial, pela reposição de efectivos e pelas progressões na carreira.

Os trabalhadores realizaram greves parciais ao serviço em Maio e Junho, tendo em conta as mesmas reivindicações apresentadas para a nova paralisação.

O Metropolitano de Lisboa opera com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião). O serviço funciona das 6h30 à 1h todos os dias.

A greve parcial do metro coincide com uma paralisação de 24 horas dos trabalhadores da Rodoviária de Lisboa, numa semana em que a capital recebe o evento internacional Web Summit, que começou na segunda-feira e termina quinta-feira

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