Orçamento do Estado 2022

Conselho de Ministros avaliou situação política, Governo fala no debate do OE

No final da reunião extraordinária do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro remeteu para o debate parlamentar desta terça-feira a posição do executivo relativamente ao chumbo anunciado por Bloco e PCP do Orçamento do Estado para 2022.

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O primeiro-ministro estará esta terça-feira no Parlamento LUSA/TIAGO PETINGA

O primeiro-ministro afirmou que a reunião extraordinária do Conselho de Ministros, que durou até perto da meia-noite desta segunda-feira, se destinou a avaliar a situação política na véspera do debate orçamental no Parlamento.

“Foi um Conselho de Ministros de avaliação da situação política e amanhã [esta terça-feira] falaremos na Assembleia da República”, declarou António Costa, numa alusão ao debate da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022, que tem início esta terça-feira à tarde e que será votada na quarta-feira.

Depois de pouco mais de duas horas de reunião, que teve início na segunda-feira à noite, nenhum outro membro do Governo prestou declarações à imprensa, sendo que também não está previsto qualquer comunicado sobre os resultados da reunião.

Este Conselho de Ministros foi convocado de forma extraordinária ao início da tarde de segunda-feira, após Bloco de Esquerda (no domingo) e o PCP terem comunicado o voto contra o Orçamento do Estado na generalidade, na quarta-feira.

Segundo o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, a reunião serviu para avaliar a situação em que o executivo minoritário socialista se encontra do ponto de vista político e a preparação do debate da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2022”.

“Vamos fazer uma avaliação das posições que vamos assumir nos próximos dias, designadamente nos possíveis quadros que termos do ponto de vista de análise”, referiu Duarte Cordeiro, numa conferência de imprensa realizada no Parlamento a meio da tarde de segunda-feira.

Nessa mesma conferência de imprensa, Duarte Cordeiro afirmou que o Governo tem disponibilidade para continuar a negociar o Orçamento, mas defendeu que não podem ser criadas “ilusões”, já que foram anunciados votos contra logo na generalidade por parte do Bloco de Esquerda, PCP e, depois, também pelo PEV.