Metro de Lisboa em greve parcial na terça-feira de manhã

Sindicalistas defendem uma total reposição de efectivos e sublinham a importância das progressões na carreira.

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Trabalhadores já tinham realizados greves parciais em Maio e Junho Bruno Lisita / Arquivo

Os trabalhadores do Metro de Lisboa cumprem nesta terça-feira uma nova greve parcial, entre as 5h e as 9h30, dado que as negociações salariais com a empresa têm falhado, prevendo-se a paralisação do serviço.

“A greve não é só contra o congelamento salarial, vamos mais longe. Defendemos uma total reposição de efectivos, que está por cumprir”, começou por explicar, em declarações à agência Lusa, Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (FECTRANS).

Segundo a sindicalista, as negociações “vão além da matéria salarial”, sublinhando a importância do “preenchimento imediato do quadro operacional e as progressões na carreira”.

“Na reunião que tivemos com o ministro do Ambiente e da Transição Energética [João Matos Fernandes, que tutela os transportes urbanos], o responsável assumiu duas das nossas reivindicações quanto aos trabalhadores da área da manutenção e a prorrogação da vigência do Acordo de Empresa (AE)”, disse Anabela Carvalheira.

No entanto, segundo a sindicalista, o conselho de administração da empresa “ainda não colocou em cima da mesa as restantes matérias”, não tendo ainda as partes chegado a acordo.

O pré-aviso de greve foi entregue em 6 de Outubro “devido à falta de respostas às questões colocadas, quer em reuniões com o ministro do Ambiente, quer com o presidente do ML - Metropolitano de Lisboa”.

A greve de terça-feira ocorre entre as 5h e as 9h30, para a generalidade dos trabalhadores, e das 9h30 às 12h30 para o sector administrativo e técnico, de acordo com o sindicato.

Na sua página oficial, o Metropolitano de Lisboa informou que, por motivo de greve convocada pelas organizações sindicais representativas dos trabalhadores, a empresa prevê a paralisação do serviço de transporte das 6h30 às 9h30 e retoma da circulação de comboios a partir das 10h15.

Os trabalhadores do metro realizaram greves parciais ao serviço em Maio e Junho tendo em conta as mesmas reivindicações apresentadas para a nova paralisação.

O Metropolitano de Lisboa opera com quatro linhas: Amarela (Rato-Odivelas), Verde (Telheiras-Cais do Sodré), Azul (Reboleira-Santa Apolónia) e Vermelha (Aeroporto-São Sebastião), das 6h30 à 1h todos os dias.

A Lusa solicitou à empresa Metropolitano de Lisboa um ponto de situação sobre as negociações com as organizações sindicais representativas dos trabalhadores, aguardando ainda uma resposta.

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