La Palma: 79 sismos na madrugada, depois de abalo de 4,9 e novo colapso do cone do vulcão

“Ainda temos pela frente várias semanas de emergência”, diz o presidente do arquipélago das Canárias.

Vulcão Cumbre Vieja, La Palma, este sábado
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Vulcão Cumbre Vieja, La Palma, este sábado EPA/MIGUEL CALERO
Vulcão Cumbre Vieja, La Palma, este sábado
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Vulcão Cumbre Vieja, La Palma, este sábado Reuters/SUSANA VERA
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Vulcão Cumbre Vieja, La Palma, este sábado EPA/ANGEL MEDINA G.
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Vulcão Cumbre Vieja, La Palma, este sábado EPA/MIGUEL CALERO
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Vulcão Cumbre Vieja, La Palma, este sábado Reuters/BORJA SUAREZ
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La Palma, este sábado Reuters/SUSANA VERA
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Vulcão Cumbre Vieja, La Palma, este sábado EPA/MIGUEL CALERO
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Vulcão Cumbre Vieja, La Palma, este sábado EPA/MIGUEL CALERO
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Vulcão Cumbre Vieja, La Palma, este sábado EPA/MIGUEL CALERO

A madrugada deste domingo foi de alta sismicidade na ilha espanhola de La Palma, onde o Instituto Geográfico Nacional (IGN) local detectou 79 tremores de terra.

O maior, de magnitude 4,1, foi registado em Fuencaliente, a 13 quilómetros de profundidade, tendo sido sentido em praticamente toda a ilha.

Dos 709 sismos contabilizados desde a meia-noite, 11 foram sentidos e 28 tiveram uma magnitude de 3 ou superior.

A diferença em relação aos dias anteriores é a profundidade de praticamente todos os sismos, intermédia, entre os dez e os 15 quilómetros.

Apenas quatro ocorreram a maiores profundidades: 21, 28 e dois a 36 quilómetros. A maioria foi localizada em Fuencaliente e Mazo, à exceção de dois, registados em El Passo e Tazacorte.

A sismicidade das últimas horas surge depois de, no sábado, a ilha de La Palma ter registado um sismo de 4,9 de magnitude, no mesmo dia em que o vulcão voltou a sofrer um colapso no cone principal, causando grandes derrames de lava.

Segundo o IGN espanhol, o sismo foi o de maior magnitude desde a erupção do vulcão, a 19 de setembro, tendo sido registado às 16h34 locais em Villa de Mazo, a 38 quilómetros de profundidade e sentido pela população em toda a ilha.

Paralelamente, de acordo com a mais recente medição do sistema europeu de satélites Copernicus, às 8h14 em Espanha (7h14 em Portugal), a lava do vulcão cobriu 14 hectares no intervalo de 12 horas, o que eleva para 891,1 hectares a superfície total arrasada.

Segundo a imagem publicada pelo Copernicus, programa de observação da Terra da União Europeia, nas redes sociais, a nova superfície coberta pela lava localiza-se na parte traseira do cone do vulcão que colapsou e afectou o bairro de La Laguna, o que é atribuído à massa de magma que tem jorrado da cratera desde as primeiras horas de sábado.

A lava também destruiu nas últimas horas mais 14 edifícios na ilha, elevando o total para 2.143.

La Palma tem sido afectada diariamente com vários tremores de terra, por causa da actividade do vulcão, que no sábado, ao 34 dia de erupção, sofreu um novo colapso no cone principal, causando significativos derrames de lava.

Ainda no sábado, o presidente do arquipélago das Canárias, Ángel Víctor Torres, afirmou que não se espera, para já, o fim da erupção.  “Ainda temos pela frente várias semanas de emergência”, disse Torres citado pela agência Efe.

O chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, esteve este sábado novamente em La Palma para reiterar o compromisso do governo espanhol de ajudar a reconstruir o que ficar afectado pelo vulcão.

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