Nova Zelândia aprova lei que obriga empresas a reportar impacto no clima

Legislação é a primeira do mundo do género e aplica-se não só às maiores empresas neozelandesas como também a várias empresas estrangeiras.

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O Governo de Jacinda Ardern tem apresentado várias medidas para baixar as emissões de CO2 no país Reuters

A Nova Zelândia aprovou uma lei que obriga bancos, seguradoras e empresas de gestão de investimento a reportar o seu impacto nas alterações climáticas, disseram responsáveis na quinta-feira. É a primeira lei deste género no mundo.

Cerca de 200 das maiores empresas na Nova Zelândia, incluindo bancos com activos totais de mais de mil milhões de dólares neozelandeses (cerca de 615 milhões de euros), grandes seguradoras e empresas de emissão de acções e dívida que estejam cotadas em bolsa de valores terão de prestar esta informação.

A legislação irá também aplicar-se a várias empresas estrangeiras que operam no país, incluindo quatro grandes bancos australianos (Commonwealth Bank of Australia, Australia and New Zealand Banking Group , Westpac Corp e National Australia Bank).

“A Nova Zelândia é um líder mundial nesta área”, disse o ministro para as alterações climáticas, James Shaw, em comunicado. “Temos uma oportunidade para abrir caminho para outros países tornarem obrigatória a comunicação de informação relacionada com o clima”, afirmou.

As novas leis vão obrigar as empresas financeiras a explicar como irão gerir oportunidades e riscos ligados às alterações climáticas, e a obrigação de comunicação de informação será baseada nos critérios do organismo independente External Reporting Board (XRB), através de uma task-force para as comunicações financeiras relacionadas com o clima. Terão de ser feitas a partir do ano fiscal que começa em 2023.

O Governo da Nova Zelândia tem adoptado várias políticas para baixar as emissões de carbono, prometendo que o seu sector público vai atingir a neutralidade carbónica em 2025, e só vai comprar veículos para transporte público com zero emissões a partir de meados desta década.

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